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Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2016 às 12:28
- Atualizado há 2 anos
O mecânico Edmilson Gonçalves dos Santos, 47 anos, condenado a dez anos de prisão por estupro, vai continuar preso, conforme decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) durante um julgamento realizado na manhã desta quarta-feira (9). Os desembargadores foram unânimes, negando a alegação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) de que houve dúvida no processo.>
Segundo a advogada Jaíra Capistrano, a defesa vai continuar tentando libertar o mecânico, que alega ser inocente. “Em dois minutos, pessoas selaram a vida de outra pessoa. Ele vai continuar preso, mas vamos continuar lutando, com todos os recursos possíveis. Faremos tudo que for necessário para provar que ele é inocente”, afirmou.>
A defesa estuda entrar com um recurso no Superior Tribunal de Justiça. "Vamos estudar um recurso. Se necessário, também vamos denunciar à Corte Interamericana de Direitos Humanos e outros órgãos internacionais. Vamos lançar mão de todas as possibilidades", garantiu Capistrano.Edmilson vai continuar preso no Complexo da Mata Escura(Foto: Robson Mendes/Arquivo CORREIO)Ele foi preso e condenado após uma denúncia da enteada dele, Lanara de Jesus Nunes, 20, que afirmou ter sido abusada três ou quatro vezes pelo padrasto. O mecânico foi condenado em maio de 2014. Na época, Lanara já havia mudado a história, alegando que seu pai biológico a obrigou a inventar a mentira. Edmilson pediu uma revisão do caso, que foi julgada em março deste ano pelo TJ-BA. Os desembargadores decidiram, por 8 votos a 6, a favor da manutenção da condenação.>
Família e amigos do mecânico acompanharam o julgamento e se mostraram revoltados com a decisão. “É um homem bom, a mulher dele tá aqui, a irmã da enteada que o acusou também, os amigos que vieram estão consternados com a situação. Que estuprador é esse que tem o apoio de todos?”, questionou Jaíra Capistrano. >
Mesmo que Edmilson venha a ser inocentado, não será em breve. Com a possível saída do processo do âmbito do estado, tudo se torna mais difícil e demorado. "Infelizmente ele vai passar mais um Natal na prisão. Quem conhece aquilo ali sabe: cada minuto é como se fossem mil anos", lamenta a advogada.>