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Perla Ribeiro
Publicado em 6 de julho de 2018 às 03:30
- Atualizado há 2 anos
Cinco liminares concedidas pela Justiça a cooperativas de vans que atuam em Salvador impedem o município de fiscalizar a atuação desse meio de transporte, considerado clandestino na capital baiana. Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE apontou que elas são o meio de transporte mais presente na Bahia. “Há uma decisão na Justiça que autoriza que elas circulem e, consequentemente, impede que haja a fiscalização”, informou o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Fábio Mota.>
A pasta não tem estimativa do número de vans que atuam no transporte clandestino na cidade, mas, de acordo com o diretor de Transportes da Semob, Matheus Moura, a oferta delas é maior em bairros como Fazenda Grande do Retiro, Pau Miúdo, Santa Mônica, Iguatemi, Itaigara e locais como o centro da cidade, Suburbana e Cidade Baixa.“Elas são mais comuns em bairros com grande densidade populacional. Não vemos muito elas circulando nos corredores da cidade”, explica Moura. Nildete prefere usar vans para ir para a faculdade, na Federação, em Salvador (Foto: Marina Silva/CORREIO) Ele informou ainda que o Município já foi à Justiça, para tentar reverter a decisão, mas ainda não conseguiu. Paralelo a isso, outras empresas vão ganhando liminar para ofertar o serviço.>
Na avaliação de Moura, o problema maior é que, como não se trata de um meio de transporte regulamentado, o usuário não conta com nenhum tipo de garantia. Em caso de acidentes, por exemplo, ele não tem a quem recorrer. “Os transportes regulamentados passam por vistorias periódicas que verificam todas as condições de trafegabilidade do veículo exigidas pelo Código de Trânsito para o transporte de passageiros. E os clandestinos não passam por essa vistoria”.>
A estudante Nildete Silva só pega a van quando precisa ir pra faculdade:“Acho que é a melhor opção pra chegar mais rápido”, diz Nildete.>