Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 28 de dezembro de 2015 às 13:44
- Atualizado há 2 anos
A mãe da jovem Carlinha do Laço, morta na madrugada de domingo (27) no bairro de Fazenda Grande do Retiro, Nadia Pimentel, negou o envolvimento da filha com o tráfico de drogas. "Não tem nada a ver com o tráfico e muito menos ela era usuária", disse Nadia em entrevista ao CORREIO.>
Nadia ainda contestou a versão da polícia e disse que a filha foi atingida por nove tiros, e não cinco, como havia sido informado. "Após tomar um tiro, ela foi arrastada pela escadaria pelo Calafate e jogaram o corpo na San Martin, onde dispararam mais oito tiros", completou.>
No entanto, no domingo (27), uma amiga de Carlinha que preferiu não se identificar disse ao CORREIO que a vítima era usuária de drogas. “Carlinha cheirava (cocaína), mas não era traficante”, comentou a jovem. Segundo a polícia, foi encontrado um pino de cocaína no bolso da vítima.(Foto: Reprodução/Facebook)A assessoria da Polícia Civil informou que a autoria e a motivação do crime ainda estão sendo investigadas. Sobre as duas versões - uma de que a vítima estaria namorando um policial e a outra de que o namorado dela era na verdade um traficante - a assessoria não confirmou nenhuma das duas. As primeiras testemunhas começaram a ser ouvidas nesta segunda-feira. A vítima foi morta com, pelo menos, nove tiros, todos na cabeça. Ninguém foi preso. >
Redes sociais>
Conhecida como Carlinha do Laço - uma das 13 tatuagens que tinha no corpo era um laço rosa na coxa esquerda -, a vítima tinha 16 mil seguidores no Facebook - nesta segunda-feira (28) o número de seguidores já havia ultrapassado 20 mil - e mais de 43 mil curtidas na Ask.fm, rede social de perguntas e respostas. Nela, usava o perfil ‘kellynhacyclone’. A referência é a Kelly Sales Silva, a Kelly Cyclone, assassinada em 2011.>
De acordo com uma amiga que preferiu não ser identificada, Carlinha andava afastada das festas. “Havia algo estranho acontecendo. Ela sumiu dos reggaes do nada”, afirma a mulher, que diz acreditar que o assassinato não tem relação com o tráfico de drogas.>
[[saiba_mais]]>
Para ela, o crime foi tramado por vizinhas. “Fiquei sabendo de umas mulheres de Fazenda Grande que estavam armando pra ela e pra outra colega da gente. Tanto que essa outra se mudou logo de lá”, revelou.>
“Uma amiga em comum me mostrou a foto de uma conversa em que Carla dizia que vinha recebendo ameaças e sabia que não passaria desta semana”, comentou a jovem. >
Perguntada se sabia do envolvimento de Carlinha com traficantes, desconversou. “O namorado dela, Ítalo, está preso no interior por roubo. Não tem nada a ver com droga”, comentou. Nas redes sociais, Carla dizia que já teve um namorado assassinado. O enterro da jovem ocorreu ontem, às 16h30, no Cemitério Municipal de Plataforma.>