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Medalhista paralímpica, Verônica Almeida acenderá fogo simbólico

Baiana destacou a emoção de participar do tradicional ato na comemoração da Independência do Brasil na Bahia: "Me senti honrada"

  • M
  • Millena Marques

Publicado em 29 de junho de 2023 às 05:30

. Crédito: Foto: Divulgação/Sudesb

Primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha paralímpica em Pequim 2008, a baiana Verônica Almeida, 48 anos, foi escolhida para acender o fogo simbólico do 2 de Julho, no bicentenário da Independência do Brasil na Bahia. Natural de Salvador, a paratleta tem uma lista invejável de medalhas conquistadas e de participações em torneios de grande relevância da natação: foi campeã parapanamericana, medalhista mundial, finalista nos jogos de Londres e do Rio e é integrante do Livro dos Recordes, o famoso Guiness Book. 

Apesar de já ter participado de uma cerimônia similar em 2016, quando conduziu a tocha das Olímpiadas do Rio pela orla de Salvador, ao lado da boxeadora Erica Matos, Verônica não imaginava a participação na cerimônia do 2 de Julho. "Me senti honrada de ser lembrada para representar esse momento, que é uma festa de elevar a vida, ascender. Estou realmente muito feliz. Vai ser uma experiência única. Vários atletas já conduziram, e eu vou ser a primeira paratleta. É marcante. Realmente me senti escolhida."

O ritual do fogo simbólico começa na cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano, e percorre 100 km até chegar no bairro de Pirajá, em Salvador, passando pelos municípios de Saubara, Santo Amaro, São Francisco do Conde, Candeias e Simões Filho. A pira do fogo simbólico, que é acesa na praça Dois de Julho, também conhecida como praça do Campo Grande, já foi acesa por vários atletas, mas nunca por uma paratleta. 

Verônica associa a representatividade do fogo simbólico à união de atletas e paratletas. "Independência quer dizer união. O fogo está ali para mostrar justamente isso: a união de todos para conseguir a nossa independência. Estar ali como paratleta é mostrar que todos nós, unidos, somos iguais".

Início no esporte e foco em Paris 2024

O contato com o esporte aconteceu muito cedo, quando tinha apenas cinco anos, mas foi deixado de lado após sofrer uma lesão no ombro aos 21 anos, o que motivou o afastamento das piscinas. O retorno aconteceu em 2007, ano em que foi diagnosticada com Síndrome de Ehlers-Danlos, doença caracterizada pela hipermobilidade e frouxidão das articulações. A partir daí, usaria a natação para manter a saúde. 

Do diagnóstico ao bronze nas Paralímpiadas de Pequim, em 2008, foram seis meses de treinamento. "Eu achava que aquilo era impossível. Apesar de conhecer o esporte paralímpico, eu não tinha esse conhecimento profundo de quanto nós éramos capazes. Tudo muito novo para mim"

Em sua primeira competição internacional de relevância, a baiana foi mais que arretada. Convocada de última hora para integrar a equipe brasileira na China, Verônica ganhou destaque ao conquistar o terceiro lugar no pódio dos 50 m borboleta da classe S7, com um tempo de 38s49. O bronze nos Jogos Paralímpicos foi a porta de entrada para os outros títulos, que a colocaram com uma das melhores de sua geração. 

"Como atleta profissional, eu acho que me realizei em todos os sentidos. A minha vida depois de ser cadeirante me ensinou muita coisa. Eu descobri tudo de melhor que a vida poderia me oferecer. Costumo dizer que sou muito mais feliz de 2007 para cá, do que antes de 2007, como pessoa."

Fora dos Jogos Parílimpicos de Tóquio 2020 em decorrência de problemas de saúde, Verônica se prepara para a quarta Paralímpiada da carreira, Paris 2024. "Está todo mundo me cobrando Paris 2024. Já estou me preparando, já comecei a parte toda física. É um ciclo de quatro anos, mas assim, tem muito chance. Treino existe. Eu quero muito e acho que existe, sim, essa chance de ir a Paris."