Missa marca os 30 dias de morte de Dona Arlette Magalhães

A cerimônia foi realizada na Igreja da Vitória, com a presença de família e amigos

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  • Gil Santos

Publicado em 7 de novembro de 2017 às 21:32

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Betto Jr/ CORREIO

Familiares e amigos de Arlette Maron de Magalhães se reuniram na Igreja de Nossa Senhora da Vitória, na noite desta terça-feira (7), para participar de uma missa em homenagem à matriarca da família Magalhães. A cerimônia marca os 30 dias da morte de Dona Arlette, como era conhecida a viúva do senador Antonio Carlos Magalhães. Emocionados, os filhos, netos e amigos destacaram a fé e a força que ela tinha.

O prefeito ACM Neto lembrou da religiosidade da avó. "Era uma pessoa de uma fé absoluta e passou isso para a gente. Foi uma pessoa que soube, com muita decência, enfrentar algumas dificuldades na vida, como perder dois filhos, mas nunca perdendo a fé. Os exemplos dela estão guardados em nossos corações", disse.

A igreja ficou lotada para a cerimônia que começou por volta das 19h. Autoridades públicas e funcionários de dona Arlette também estiveram presentes. Para o filho mais velho, o presidente da Rede Bahia, Antonio Carlos Júnior, as lembranças que a mãe deixou são as melhores.

"Fica a saudade e fica a boa lembrança dos momentos felizes que nós passamos na família. A saudade é grande, mas a gente também lembra com alegria os bons momentos que passamos com ela. Era uma mãe muito amorosa", afirmou. Antonio Carlos Júnior e ACM Neto durante a missa (Foto: Betto Jr/ CORREIO) Missa A missa foi celebrada na Paróquia de Nossa Senhora da Vitória, igreja que Dona Arlette frequentou durante anos. Católica praticante, ela participava das celebrações, religiosamente. Nesta terça, a celebração foi conduzida por Dom Marco Eugênio Galvão e pelo padre Luiz Simões, um velho amigo de Dona Arlette.

"Ela era uma presença constante, orante, dedicada e sempre atuante em todos os momentos importantes. No dia a dia, rezando por todos. Ela foi querida e fez o bem a muita gente. Nós somos gratos a Deus pela existência dela", contou.

A canção da Ave Maria foi um dos momentos mais emocionantes da missa e levou algumas pessoas às lágrimas. Para Renata de Magalhães Correia, neta de Dona Arlette e acionista da Rede Bahia, a avó era uma mulher forte e, ao mesmo tempo, delicada. Dona Arlette era viúva do senador ACM (Foto: Arquivo CORREIO) "Ela deixou um exemplo para toda a família de mulher guerreira, de mulher devota. A religião fazia parte dela e ela conseguiu passar para todos nós que a fé move montanhas, e o que fica hoje é a saudade, mas a certeza de que ela cumpriu seu papel aqui e que nos ensinou muito. Deixou um legado lindo para a sua família, e um exemplo para todos", afirmou.

No momento do ofertório, alguns funcionários mais próximos de Dona Arlette aproveitaram para fazer uma homenagem. "Ela era uma pessoa simples. Nunca conheci ninguém mais humilde, com ela não tinha besteira. Eu peço a Deus que tome conta da família e da alma dela", contou Antônio Santos, que durante 34 anos trabalhou para a matriarca dos Magalhães.  Dona Arlette durante visita do papa João Paulo II à Bahia (Foto: Arquivo CORREIO) Dona Arlette nasceu em Itabuna, no Sul do estado, em 15 de novembro de 1931. Ela era filha de imigrantes libaneses que desembarcaram no Sul da Bahia no início do século XX. Para aprofundar os estudos, veio morar em Salvador, onde conheceu o futuro marido, ainda estudante da Faculdade de Medicina da Ufba.

Nos anos seguintes, Arlette foi testemunha da ascensão do marido, com quem teve quatro filhos: Antonio Carlos Júnior, Teresa, Ana Lúcia e Luís Eduardo, os dois últimos já falecidos. Apesar da visibilidade do marido, ela manteve o temperamento discreto e avesso a badalações. Sempre evitou envolvimento com política e holofotes, mesmo nas três vezes em que foi primeira-dama da Bahia.