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Nossa Senhora do Presépio: Palácio da Sé abre visitas para imagem sacra de 300 anos

Escultura de 112 centímetros é feita de madeira policromada e dourada

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  • Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2023 às 06:00

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Paula Fróes/ CORREIO

Quando conectadas, a fé e a arte dão origem a obras de valores inestimáveis. Este é o caso da imagem de Nossa Senhora do Presépio, forjada no século XVIII, e que agora faz parte do acervo do Centro Cultural Palácio da Sé: Dom Sebastião Monteiro da Vida, localizado no Centro Histórico de Salvador.

O símbolo artístico e religioso foi integrado à coleção do equipamento nesta terça (25), durante uma cerimônia no local. Todos os detalhes dos seus 112 centímetros de madeira policromada e dourada, podem ser conferidos gratuitamente, a partir desta quarta (26).

Na obra, Nossa Senhora é retratada de joelhos, com as mão unidas e a cabeça inclinada. A postura e expressão de adoração sugerem que ela tenha feito parte da cena principal de um grande presépio, no qual, ao invés de estar deitada ao lado do menino recém-nascido, estava ao lado dele e de São José.

Segundo informações do Palácio da Sé, a escultura teria pertencido à coleção particular de Stanislaw Herstal (1908-1987)  responsável por organizar uma coleção de livros com seis volumes sobre a história de D. Pedro.

Também há referências de que a imagem tenha pertencido à Antiga Sé da Bahia, demolida em 1933. Já sua recente aquisição pelo Palácio da Sé, foi viabilizada pela Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, com o patrocínio das empresas privadas PetroRecôncavo e Suzano. A iniciativa é parte da primeira etapa do projeto cultural “Aquisição para o acervo do Palácio da Sé”, da Tecnomuseu,.  Daniel Costa e Mariana Lisboa revelaram a imagem de Nossa Senhora da Presépio (Foto: Paula Fróes/ CORREIO) Durante a cerimônia de integração da obra, o Cônego Abel Pinheiro, diretor do Palácio da Sé, celebrou a chegada da escultura ao local, agradeceu aos empresários pela participação na iniciativa e destacou a importância do projeto para a valorização do Centro Histórico.

“Isso é um incentivo para que o empresariado se sinta responsável pela cultura e vida da nossa sociedade, igrejas, museus e obras. Vocês representam as pessoas de boa vontade que querem somar e ver acontecer coisas boas na cidade e no Centro Histórico, em um momento difícil como o que estamos vivendo aqui”, disse.

Nesta semana, o Pelourinho ganhou destaque na imprensa local por estar sofrendo um esvaziamento. Os motivos apontados pelos comerciantes são a falta de segurança e a ausência de agenda permanente de eventos fora da alta estação. O desejo do Cônego Abel é que o investimento no acervo do Palácio da Sé possa contribuir para mudar este cenário.

Para a red global de relações corporativas da Suzano, Mariana Lisboa, a obra representa um resgate da cultura e história da Bahia. “Para nós é muito importante deixar um legado. Não só para esta, mas, principalmente, para as próximas gerações. A arte como meio de resgate cultural e histórico de todos nós, sem dúvida, é um grande instrumento para esse resgate. Um privilégio”, afirmou.

O diretor de tecnologia, inovação e comunicação da PetroRecôncavo, Daniel Costa, compartilha da mesma visão. “Muitas vezes a gente fica lisonjeado com as artes sacras que vemos em Ouro Preto e na Europa, mas não conhecemos o que temos aqui. Confesso que trago minha família ao Pelourinho, mas nunca tinha entrado no Palácio da Sé. Com certeza será um programa para o próximo domingo, trazer as crianças para conhecer a exposição e um pouco da história de Salvador”, garantiu.

Além dos empresários e do diretor do Palácio, outras autoridades religiosas, políticos e integrantes do setor empresarial estiveram presentes.  Outras duas obras de imaginária sacra cristã setecentista, identificadas pelo antiquário Itamar Musse, estão previstas para integrar o projeto cultural da Tecnomuseu, em sua segunda fase: Santana Mestra e Sagrada Família

*Com orientação da subeditora Fernanda Varela