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O legado do pacificador: missa marca 25 anos da morte de Luís Eduardo Magalhães

Cerimônia reuniu parentes, amigos e admiradores na Catedral Basílica, nesta sexta (14)

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  • Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2023 às 22:32

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Ana Lúcia/Correio

O seu principal valor sempre foi a palavra, e sua principal virtude, a escuta. Foi com essa frase que Luís Eduardo Magalhães Guinle, de 22 anos, descreveu o avô, Luís Eduardo Magalhães, durante a missa para lembrar os 25 anos de morte do mais promissor político de sua geração, celebrada nesta sexta-feira (14), na Catedral Basílica de Salvador, no Centro Histórico.

Luís Eduardo Magalhães morreu aos 43 anos, em 21 de abril de 1998, vítima de um infarto. Na missa realizada em sua homenagem, compareceram familiares, amigos e admiradores. Entre os presentes estavam a viúva Michelle Marie, os filhos Luis Eduardo Magalhães Filho, Carolina Magalhães e Paula Magalhães, e o sobrinho ACM Neto (União Brasil), ex-prefeito da capital,  além de políticos como a vice-prefeita  Ana Paula Matos (PDT), representando o prefeito Bruno Reis, que estava viajando, o senador Otto Alencar (PSD) e o ex-prefeito Antônio Imbassahy (PSDB). Ana Paula Matos, vice-prefeita de Salvador, compareceu à missa representando o prefeito Bruno Reis, que está fora da cidade. Foto: Ana Lúcia Albuquerque /CORREIO A cerimônia, com a participação da Orquestra Barroco na Bahia, foi celebrada pelo padre Luís Simões e concelebrada por José Abreu. Ao falar sobre o líder político, Simões descreveu Luís Eduardo como um “artista da paz” e ressaltou a importância dessa característica: “Precisamos de muitos Luíses Eduardos neste momento para os baianos”.

Pai, avô, marido  “Eu estou muito feliz da gente, como família, ter organizado essa missa, porque acho muito importante rememorar esse legado, principalmente para as gerações mais novas, que não o conheceram”, disse a apresentadora e colunista do CORREIO Paula Magalhães, que tinha 20 anos quando o pai faleceu. Hoje, Paula tem duas filhas, de 18 e 20 anos, que não tiveram a oportunidade de conhecer o avô. Michelle Magalhães, a caçula, foi a primeira da família a falar na cerimônia, declamando um trecho do Livro da Sabedoria.  Filha de Paula Magalhães, Michelle declama durante a missa do avô. Foto: Ana Lúcia Albuquerque/ CORREIO De acordo com Paula, as principais lições deixadas pelo pai foram “saber ouvir, a importância do diálogo e de cumprir a palavra empenhada”. Para a família, a missa é um momento importante para celebrar não só a figura pública, mas também o familiar Luís Eduardo.

“Ele sempre foi Luís Eduardo, mas poucas pessoas o conheceram como pai, marido, irmão. Ele era um homem de palavra, respeitado por todo mundo, e eu acho que esse é o maior legado que ele deixa. No mundo atual, então, a palavra está sendo importante em todos os sentidos, não só na política. A missa é para que as pessoas se lembrem disso e  dele também. Eu faço questão de que lembrem dele”, contou Michelle Marie, que foi casada com o deputado baiano durante 22 anos.

A missa foi também momento de recordar a trajetória política em ascensão interrompida precocemente - Luís Eduardo era pré-candidato ao governo do estado e um dos favoritos para representar o então PFL na disputa pela presidência em 2002. “Ele foi um dos maiores políticos da sua geração e deixou marcas que até hoje são lembradas”, declarou o sobrinho ACM Neto.

“Seja aqui na Bahia ou por todo o Brasil, ele foi uma pessoa que teve uma visão modernizante, com sua capacidade de articulação, seu poder de construção política, as articulações que ele fez e seu espírito público. Ele esteve à frente do seu tempo e é por isso que até hoje, especialmente para nós que tivemos a oportunidade de conviver com ele, fica esse legado que, com certeza, a gente vai cultivar”, declarou o ex-prefeito de Salvador.

Luís Eduardo Magalhães Guinle, que tem pretensão de seguir seus familiares no caminho da política, afirma ter no avô uma de suas maiores inspirações. “Como ser humano que foi apaziguador de ambientes turbulentos, sempre foi uma pessoa que fez questão de deixar o ambiente pacífico e colocar pessoas de diferentes frentes ideológicas na mesa”, disse.

 *Com orientação da subeditora Fernanda Varela