Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Hilza Cordeiro
Publicado em 7 de junho de 2016 às 14:44
- Atualizado há 2 anos
O lema da nova economia é criatividade e colaboração. Nesse caminho, empreender socialmente pode ser um negócio lucrativo. Problemas simples das comunidades podem ser solucionados desenvolvendo ideias e fortalecendo vínculos entre cidadãos. Nesta terça-feira (7), a Semana Comunidade em Foco, promovida pelo Instituto Parque Social, fez um bate-papo no Parque da Cidade sobre o Desenvolvimento Comunitário com Ênfase no Empreendedorismo Social. A diretora-presidente da organização, Rosário Magalhães, explica que o evento faz parte das atividades da requalificação do Parque da Cidade. “A gente entende que o Parque é um espaço de convivência e integração entre as pessoas. Nós trabalhamos nessa perspectiva de valorização das pessoas e das comunidades de Salvador, então o local é muito pertinente”, destacou. Segundo ela, o projeto é todo voltado para temas de interesse coletivo e que mobilizem as pessoas em torno do social. >
[[galeria]]Entre os projetos do Parque Social está o Programa Comunidade Empreende, que visa capacitar pessoas com base nas ideias de negócios existentes e já impactou mais de 80 empreendedores. “Esse projeto permite que as pessoas possam colaborar com o social e sobreviver disso, muitos costumam achar que só pode ser feito de forma voluntária”, explica Tânia Pastori, líder comunitária do bairro de Santo Antônio. Através do Comunidade Empreende, a líder comunitária está desenvolvendo um mapa de serviços do bairro, que não era catalogado como ponto turístico da cidade. Segundo Camila Godilho, uma das capacitadoras sociais, a proposta do projeto é justamente essa: fazer a comunidade enxergar os problemas como oportunidades. Em 2014, o projeto piloto passou pelo Bairro da Paz e criou o empreendimento Vida Ativa, que transformará resíduos de obras em equipamentos para pessoas com deficiência.>
As estudantes Fernanda Luíza Gonçalves e Andréa Matos, ambas de 17 anos, fazem parte do programa Jovem Líder Empreendedor, que ajuda jovens em situação de vulnerabilidade social a se tornarem líderes sociais. As garotas desenvolveram um projeto de debates e oficinas com o intuito de estimular o senso crítico de moradores de bairros periféricos, auxiliando-os a se autoafirmarem no âmbito pessoal e profissional. “A gente sabe que quem mora em favela está sujeito a se envolver com a criminalidade. Existe um leque de oportunidades, essa não é a única saída”, conta Fernanda.Durante o bate-papo, os organizadores apresentaram alguns dos projetos da instituição como o Coletivo Coca Cola, o Jovem Líder Empreendedor, Jovem Aprendiz Empreendedor, Projeto Foto.com, entre outros. Ao final, houve apresentação cultural do Jazz na Avenida. Pela tarde, haverá oficinas de elaboração de projetos com foco em jogos e exposição sobre a importância da leitura. O evento vai até sexta-feira com debates, apresentações artísticas e oficinas (veja programação). >