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População recorre às fontes históricas de Salvador para garantir abastecimento de água

As fontes foram gradativamente substituídas quando surgiram sistemas de canalização de água, acompanhando o crescimento da cidade

  • Foto do(a) author(a) Giulia Marquezini
  • Giulia Marquezini

Publicado em 8 de abril de 2015 às 06:59

 - Atualizado há 2 anos

Em frente à Fonte do Estica, na Liberdade, a fila começa quando nem bem amanhece. Como numa volta ao passado, moradores com baldes e carros de mão aguardam pacientemente sua vez de levar água para casa. “Estou desde 5h pegando água para a minha família. Deixei de ir trabalhar e ganhar dinheiro”, contou o ambulante Sérgio Batista, 24 anos. 

Salvador tem aproximadamente 20 fontes, a maioria do século XVIII, que abasteceram a capital até o início do século XX.  Algumas delas, como a Fonte do Queimadinho, na Caixa D’Água, a Fonte da Preguiça, na Avenida Contorno, e a Fonte da Bica, em São Caetano, têm aliviado o tormento da população, que  há oito dias enfrenta restrições no abastecimento de água após o rompimento de uma adutora, durante as obras do metrô, na BR-324. Com os pés enfaixados por causa de um problema nas veias, Luis Carlos Silva, 46, morador há 30 anos da Rua Fonte da Bica, em São Caetano, passou a noite toda preocupado. “A fonte está sendo a nossa salvação. Mesmo com problemas de saúde, não tenho outra alternativa”.

O medo de Luis é contrair doenças.  As fontes foram gradativamente substituídas quando surgiram sistemas de canalização de água, acompanhando o crescimento da cidade: o primeiro de 1852, quando a água era captada em uma represa e distribuída em chafarizes. Há 109 anos, o fornecimento passou a ser feito diretamente nas casas. Toda a água para consumo deve ser fornecida por uma prestadora de serviços, segundo legislação do Ministério da Saúde. Em situações de emergência, no entanto, é liberado o uso de vias alternativas, desde que se avalie a qualidade da água.

“Ao consumir essa água (das fontes), a população corre risco de contrair hepatite, cólera e verminoses. A recomendação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é que, caso as pessoas sintam náusea, vômito e diarreia constante, procurem uma unidade de saúde”, explicou o subcoordenador de Vigilância em Saúde Ambiental da SMS, Lourenço Oliveira. Ainda segundo ele, o ideal é que a água seja filtrada e fervida para evitar  contaminação.