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Presépios em miniatura fazem apartamento virar ponto de peregrinação no Rio Vermelho

Na coleção, há presépios de todo canto. Da Patagônia ao Vale do Jequitinhonha. De Belém do Pará a Belém, na Palestina

  • Foto do(a) author(a) Alexandre Lyrio
  • Alexandre Lyrio

Publicado em 25 de dezembro de 2013 às 10:25

 - Atualizado há 2 anos

Em tempos de violência, você abriria a sua casa para um desconhecido? No caso da professora Aninha Ramos, 58 anos, basta ter uma referência, a indicação de um vizinho ou alguém da família para você ir parar no meio de sua sala de estar, sempre de portas abertas. Afinal de contas, são muitos os pedidos para conhecer a instalação que ela mantém em um dos cantos do recinto durante o Natal.Há 31 anos, a professora e o marido, Jorginho Ramos, 58, desembrulham peça por peça de uma coleção formada por mais de 90 presépios em miniatura. Assim que termina a montagem, começa a peregrinação. Além dos amigos que marcam presença todos os anos, o apartamento no Rio Vermelho vira centro de visitação para curiosos, católicos e gente que simplesmente gosta de presépio. Juntos, os mais de 90 presépios em miniatura se tornam local de ‘peregrinação’ na casa de Aninha RamosDo acervo, poucos são os conjuntos comprados por eles. Se for contar as peças, são mais de  mil no total, quase todas com referência ao nascimento do Menino Jesus. Há presépios de todo canto. Da Patagônia ao Vale do Jequitinhonha. De Belém do Pará a Belém, na Palestina. O presépio de Sorocaba tem Deus Menino deitado de lado. O menor deles mede uma polegada e veio da Espanha.  “A maioria é presente de amigos que nos visitam no Natal. Fazemos almoços com maniçoba e feijoada para os mais próximos, mas também abrimos as portas aos que quiserem conhecer”, diz Aninha. Com as visitas chegam sempre novas peças. Anteontem, ganharam um da Itália. “Dizemos que nosso presépio é infinito”.Na família de Jorginho, a tradição tem mais de 58 anos. No atual presépio, há peças do primeiro conjunto. Com o passar dos anos, criou-se até um livro de presença. Os que aparecem assinam e deixam suas mensagens, mas nem a dona da casa sabe quantas pessoas já passaram por ali.“É obrigação cristã e de amizade vir  visitar o presépio de Aninha e Jorginho”, diz o vizinho dos dois, o militar da reserva Teócrito Baptista. “Claro que não deixamos qualquer um subir. Mas se houver alguma indicação não tem problema. Pode ser desconhecido, mas com alguma referência. Questão de segurança, né?”, explica Aninha.A alguns quilômetros dali, na Pituba, a aposentada Julieta Portela, 80 anos, também passa o Natal de portas abertas. O motivo são os 63 presépios que monta todos os anos em sua sala. Este ano, a instalação caseira ganhou o prêmio da Arquidiocese de Salvador, entregue por dom Murilo Krieger.  Com o Menino Jesus negro no presépio africano ou o suíço em prata, Julieta quer é preservar a tradiçãoOs conjuntos, a maioria em miniatura, também são doados por amigos e pelos oito filhos de dona Julieta. Tem peças da Hungria, Espanha, Chile, Argentina, Polônia, Tchecoslováquia e por aí vai. Os 11 netos adoram. “Qualquer criança que chega aqui fica doidinha”, diz.   Há alguns presépios especiais. O da Alemanha, em porcelana, é o primeiro que ganhou da filha. O suíço é banhado em prata. O africano tem o Menino Jesus negro. O de Israel é feito com a madeira da oliveira. A relação com as peças é de criança. A coleção dessa viúva “católica, apostólica, romana” está fazendo 30 anos. “Sou de uma época que nem existia Papai Noel. O Menino Jesus era mais importante”.