Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Salvador contabiliza transtornos após chover em 24h o mesmo que em todo mês de abril

Maio já mostrou a que veio e o alerta do Inmet para moradores de áreas de risco

  • Foto do(a) author(a) Alexandro Mota
  • Alexandro Mota

Publicado em 4 de maio de 2016 às 06:31

 - Atualizado há 2 anos

As águas de março e de abril vieram tímidas e não trouxeram grandes transtornos este ano, diferente de ocasiões anteriores. Em compensação, maio mal começou e emplacou um temporal, com direito a ruas alagadas, trânsito caótico – incluindo acidentes com feridos –, quedas de energia e, pra completar, ainda lançou ao chão a cobertura da Praça Caramuru, no Rio Vermelho, entregue há pouco mais de um mês. Mas todos esses problemas não vieram à toa: choveu, entre as 19h de anteontem e as 19h de ontem quase a mesma quantidade do que choveu em todo o mês de abril. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a precipitação de chuva na capital, registrada na Estação Meteorológica de Ondina,  marcou 68,7 mm  no mês passado. Já na média de chuva registrada nos 15 pluviômetros espalhados pela cidade, que pertencem ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e são monitorados pela Defesa Civil (Codesal), a média de chuvas no período de 24 horas chegou a 63,07 mm (91,8% do que choveu em todo o mês passado). Com a chegada de uma frente fria, várias vias da cidade, como a Rua Afonso Celso, na Barra, registraram alagamentos e engarrafamentos. Foi o dia mais chuvoso do ano até agora (Foto: Arisson Marinho/CORREIO)Os dados do Inmet, divulgados até o final da manhã de ontem, já indicavam essa tendência: registrava volume de 27,2 mm de chuva nas 24 horas anteriores, ou seja, 39,6% da precipitação de abril. Em compensação, as chuvas do mês passado vieram num nível bem abaixo do previsto. Os 68,7 mm de precipitação corresponderam a apenas 22% da média histórica do período, que é de 309,7 mm. Maio chuvosoNo entanto, maio já mostrou a que veio e o alerta do Inmet para moradores de áreas de risco, por conta da chance de grande quantidade de chuvas em poucas horas, agora ganha ainda mais força.“Ainda é considerada uma chuva fraca. Aquelas chuvas em poucas horas, mais fortes, que geralmente causam grandes prejuízos na cidade é em torno de 50 mm”, dimensionava Cláudia Valéria, meteorologista do Inmet, no início da tarde de ontem. A situação, como se viu, mudou à tarde, com a intensificação do temporal.Até as 18h06 de ontem, a Codesal informou que recebeu 53 solicitações de emergência. Foram três alagamentos de imóvel, 19 ameaças de desabamento de imóvel, uma ameaça de desabamento de muro, 22 ameaças de deslizamento de terra, três avaliações de imóvel alagado e quatro deslizamentos de terra. Ressaca e alertasDe acordo com Cláudia Valéria, do Inmet, a explicação para o mau tempo é uma frente fria que veio da região Sudeste e já começou a se dissipar para o oceano. Os efeitos dela devem ser sentidos pelo menos até sexta-feira, quando a capital pode voltar a ter dias ensolarados. Até lá, a previsão é de dias nublados e chuvosos. Historicamente, maio é o mês mais chuvoso na capital, registrando um volume médio de 359,9 mm.Apesar do temporal, o vento na cidade nas últimas horas foi considerado fraco para os parâmetros do Inmet, com a observação às 21h de anteontem e às 9h de ontem, na Estação Meteorológica de Ondina. Na noite de anteontem, o vento chegou a 12 km/h e ontem pela manhã foram registrados 2,5 km/h. No mar, a Marinha registrou ressaca entre Porto Seguro e Salvador, com ondas de até 2,5 metros. Por conta da ressaca, a Capitania dos Portos alertou os navegantes para o perigo e pediu cuidado quanto à amarração de embarcações nas proximidades da costa. Apesar disso, houve quem aproveitasse o mau tempo: muitos surfistas aproveitaram a ressaca no mar, na Barra, próximo ao antigo restaurante Barravento, para pegar onda.

[[galeria]]Chuvas por áreasOs 15 pluviômetros do Cemaden que medem as chuvas por áreas na capital indicaram que cinco delas foram mais castigadas entre as 19h de anteontem e as 19h de ontem. Foram elas: Caminho das Árvores (80.52 mm), CAB (79.98 mm), Cabula (76.79 mm), São Caetano (73.3 mm) e Alto do Peru (73.11), que receberam o alerta vermelho, o mais alto. O acumulado aponta, entre outras coisas, o encharcamento do solo e o risco de deslizamentos. A quantidade destes equipamentos, monitorados pela Codesal, deve subir para 20 até o mês que vem. Para a Codesal, vale o monitoramento de chuva das últimas 96 horas. Neste período, tendo como referência 19h de ontem, apenas no CAB a variação foi um pouco maior, de 0.6 mm. 

As regiões da cidade onde mais choveu*  (em milímetros)  

Caminho das Árvores    80,52CAB     79,98     Cabula      76,79   São Caetano     73,3 Alto do Peru    73,11 Pirajá      66,08  Federação        63,23 Centro    60,87   Valéria      59,99 Monte Serrat      59,6 Brotas      57,39    Rio Sena     57,23    Águas Claras    56,49   Nova Esperança     43,74         São Tomé de Paripe     37,83