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Salvador tem espaço infantil gratuito pouco conhecido que une natureza, cultura e brincadeiras

Mundo Encantado da Criança promove aprendizado lúdico e contato com a Mata Atlântica

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 12 de dezembro de 2025 às 13:16

Mundo Encantado da Criança funciona dentro do Centro de Interpretação da Mata Atlântica (Cima), no Bonfim,
Mundo Encantado da Criança funciona dentro do Centro de Interpretação da Mata Atlântica (Cima), no Bonfim, Crédito: Igor Santos/ Secom PMS

Desde o final de outubro, o Centro de Interpretação da Mata Atlântica (Cima), no Bonfim, tornou-se palco de um novo espaço que valoriza o brincar e o aprendizado lúdico: o Mundo Encantado da Criança. Voltado para crianças de todas as idades, seus familiares e cuidadores, o local recebe moradores, grupos escolares e turistas com entrada gratuita, de quarta a sábado, das 9h às 17h, e domingo, das 10h às 14h, sem necessidade de agendamento.

A estrutura busca estimular a imaginação, a arte e o desenvolvimento integral, integrando educação, cultura e natureza. Entre os destaques estão a Casa do Brincar, com a exposição permanente de brinquedos da artista baiana Lydia Hortélio; a bebeteca, dedicada ao contato das crianças com a literatura desde os primeiros anos; jardins sensoriais; o Boquinha de Brasa, para oficinas, apresentações artísticas e encontros; e a Sala Imersiva, que oferece uma experiência sensorial dentro da Mata Atlântica.

O uso de madeira em substituição ao plástico, banheiros acessíveis com trocadores e mobiliário adaptado à altura das crianças reforçam o caráter inclusivo do espaço. A escadaria colorida que leva ao pavimento inferior tem se destacado como cenário para fotos, com desenhos de animais da Mata Atlântica, personagens do folclore brasileiro e o mar, seguindo até a Baía de Todos-os-Santos. “O caminho é de todos. A educação ambiental começa pelo encantamento e pela sensação de pertencimento”, afirma a artista Miu Monteiro, responsável junto com Jana Dourado pela pintura da escada.

Mundo Encantado da Criança por Igor Santos/ Secom PMS

A bebeteca, segundo Marcelo Peroni, consultor de Cultura e Primeira Infância da Rede Urban95, foi pensada para acolher crianças de 0 a 3 anos e seus cuidadores, com mobiliário que incentiva o brincar livre e o desenvolvimento sensório-motor. “Há espaços para se esconder, engatinhar por labirintos e se olhar no espelho. Também oferecemos livros que promovem a valorização da criança negra e a consciência ambiental desde a primeira infância”, explica.

A sala de exposição de Lydia Hortélio reúne brinquedos tradicionais, como pipas, piões, panelas de barro, bonecas e carrinhos, todos na altura das crianças, além de um quadro para escrever e desenhar a giz. Em breve, trechos de músicas da artista sobre natureza e brincadeiras serão disponibilizados por QR Codes, permitindo que familiares e cuidadores as apresentem aos pequenos. Um café também está previsto para o Cima.

O Mundo Encantado da Criança ocupa uma área verde de 13,8 mil metros quadrados, com leiras e viveiros de mudas, que podem ser explorados pelo público infantil e adulto. Recentemente, foram plantadas espécies como ipê-amarelo, ipê-roxo, ipê-rosa, sibipiruna, pau-brasil e jacarandá.

“O espaço representa um novo olhar de Salvador: uma cidade inclusiva, que acolhe famílias, valoriza a infância e promove experiências que fortalecem identidade, pertencimento e imaginação”, destaca a vice-prefeita e secretária de Cultura e Turismo, Ana Paula Matos.

Para Ivan Euler, titular da Secis, o local é mais do que um espaço de brincar: “Estudos mostram que o contato com ambientes naturais fortalece o desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças. Ao unir biodiversidade, ludicidade e educação, estamos plantando sementes de cuidado e consciência ambiental para toda a vida”.

Marcelo Peroni reforça que o projeto foi inspirado nos conceitos de Lydia Hortélio, que defende a aproximação da natureza na infância e a valorização do brincar em espaços naturais. “Trazemos essa visão para o Cima, promovendo um encontro lúdico com a Mata Atlântica e a cultura da infância”, conclui.