Sexta-feira Santa e ainda dá tempo de pedir o caruru; veja onde encomendar

Restaurantes e empreendedores vão esticar o horário para atender aos clientes que deixaram para a última hora

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  • Gil Santos

Publicado em 6 de abril de 2023 às 21:04

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Ana Albuquerque/CORREIO

Foram 32h de viagem do sul de Minas Gerais até Salvador, e nesse caminho a babá Josevânia Conceição, 45 anos, só pensava na comida baiana da Sexta-Feira Santa. É que na cidade de Pouso Alegre, onde a soteropolitana foi morar há um ano, não tem restaurante vendendo essa iguaria e nem ingredientes nas feiras e mercados. Ela conta que nos solavancos do ônibus só pensava em uma coisa.

“Comida baiana. A boca até enche d’água só em falar. Perdi as contas de quantos acarajés já comi desde que cheguei, mas comida baiana será nesta sexta-feira. Lá [em Minas Gerais] as pessoas nem sabem o que isso significa. Fui ao mercado e não encontrei camarão seco e nem feijão fradinho. Dos ingredientes obrigatórios, só encontramos quiabo e azeite, e são caríssimos”, contou.

Na casa dela, comer comida baiana na Sexta-feira Santa é obrigatório, por isso, contou que vai levar alguns ingredientes na mala na volta para casa. Essa paixão dos baianos foi o que fez a gestora de recursos humanos Cristiane Seixas, 39 anos, empreender (@comidabaianadacris). Depois que perdeu o emprego, ela resolveu apostar nos ensinamentos da avó, aprimorou o aprendizado com receitas e novidades pesquisadas na internet, e agora, faz comida baiana toda sexta-feira para vender. Foto: Ana Albuquerque/CORREIO “Começou com os vizinhos, que foram comprando, gostando e recomendando para outras pessoas. Ainda estou desenvolvendo o meu negócio, mas já tenho uma clientela. O meu caruru vai acompanhado de vatapá, farofa, banana da terra, arroz, feijão fradinho, xinxim de frango ou peixe, e coloco um pé de moleque de brinde. É uma fonte de renda que está ajudando a pagar as contas”, contou.

Ela disse que a demanda poderia ter sido maior se os preços dos ingredientes não estivem tão altos, o que reflete no valor final do produto e no bolso do consumidor, mesmo assim, ela não tem como atender mais pedidos para esta sexta-feira. A quentinha com 900 gramas custa R$ 25.

No começo da semana, o CORREIO fez uma ação nas redes sociais perguntando aos leitores quem faz a melhor comida baiana do Brasil. Em dois dias a publicação recebeu quase 5 mil comentários. Entramos em contato com alguns dos restaurantes e empreendedores marcados na postagem. Muitos já encerraram a fase de encomendas, mas alguns fizeram comida baiana a mais já pensando na demanda que surge da tradição do brasileiro de deixar tudo para a última hora. Confira onde ainda dá tempo de pedir:

Bar’Tal Bar e Restaurante (@bartal.restaurante)

O caruaru vai acompanhado de vatapá, feijão fradinho, farofa de dendê, banana frita e arroz branco. O restaurante trabalha com combos individuais e para até 6 pessoas. A quentinha individual custa a partir R$ 24, e tem todos os ingredientes acima, já os combos são a partir de R$ 68, com moqueca, xinxim e bacalhau. Há kits também de acarajé e abará. Eles garantem que a qualidade e sabor são os diferenciais da casa. Pedidos: (71) 98349-2950 no WhatsApp ou pelo iPood, até as 14:30; Rua Prof. Cassilandro Barbuda, 626 - Costa Azul

Água na Boca (@raguanabocaoficial)

O restaurante trabalha com porções que servem até 2 pessoas e alteram de R$ 25 a R$ 30. O caruru é acompanhado de feijão fradinho, arroz, vatapá, acarajé, farofa de azeite, banana frita, moqueca de peixe, xinxim de Frango ou peixe frito. Existe também um cardápio especial por R$ 59.90, o quilo, com opções como mariscada, polvo, camarão, siri, sururu e peixe vermelho, além de guarnições com outros frutos do mar. O diferencial é a culinária com ingredientes frescos e bem temperados. Pedidos: 98697-1936 no WhatsApp, até às 15h. Rua do Matadouro, n°114 - Águas claras

Armazem 32 (@armazem32)

Eles trabalham com porções 500 gramas dos ingredientes da Sexta-Feira Santa. O cliente tem a opção de escolher o prato executivo, que serve uma pessoa: moqueca ou Xinxim 300g + 100g de cada acompanhamento: caruru, vatapá, arroz e farofa de dendê. Com moqueca R$ 56 e com Xinxim R$ 42. A produção é caseira e feita por cozinheira especialista em comida baiana. Pedidos: (71) 9990-3562 no WhatsApp, das 10:30 às 13h. Rua Prof. Sabino Silva, 12 - Jardim Apipema.

Panela da Lulu (@paneladalulu.ssa)

O caruru é acompanhado de vatapá, feijão fradinho, arroz, farofa de dendê crocante e banana frita. As porções têm de 500ml e 1.000ml e os valores alternam de R$ 30 a R$ 60, já as quentinhas custam R$ 35. O diferencial é a moqueca de peguari e o feijão de leite disponíveis no cardápio. Pedidos: (71) 98820-5001 no WhatsApp, até às 08h Rua 24 de junho, nº 09 - Cidade Nova

Sabor Nordestino (@sabor_nordestino_suburbio)

Trabalha com quentinhas (R$ 20/ 984 gramas), porções (R$ 40/ para até 4 pessoas), e com kits (R$ 100/ para até 5 pessoas). Os pratos incluem arroz, feijão fradinho, vatapá, caruru, farofa e uma proteína que pode ser xinxim de galinha, moqueca de arraia ou moqueca de corvina. É possível adicionar camarão por um preço extra. Pedidos: (71) 8526-2963 no WhatsApp, das 9h às 22h; Tavessa Pirâni, nº 98 - Plataforma

Boteco da Anna (@boteco_da_anna)

O restaurante trabalha com parto feito e com comercial. A comida baiana tem os ingredientes básicos, como caruru, vatapá, arroz branco e feijão fradinho, e as proteínas podem ser peixe ou frango. Os valores começam a partir de R$ 15. Pedidos: (71) 98817-2385 no WhatsApp, até às 14h; Rua José Inácio do Amaral, nº19 - Nordeste de Amaralina.

Melô de Dendê (@melodedende)

Os empreendedores trabalham com quitutes e comidas oriundas do tabuleiro da Bahia. As guarnições são individuais e o caruru é um item do cardápio, dependendo do conjunto a ser servido o valor fica em média de R$ 50. Eles atendem eventos e encomendas, em Salvador e Lauro de Freitas. Pedidos: (71) 9150-4902 no WhatsApp, até às 8h. Rua 2ª travessa 17 de setembro, nº 10 - Nova Brasília de Itapuã

SoteroCarioca GastroBar (@_soterocarioca)

O restaurante garante ser uma receita de família, e o caruru acompanha banana frita, abóbora, feijão preto, inhame, coco, rapadura, milho branco e milho amarelo, acarajé e abará. O prato para até 2 pessoas tem feijão fradinho, caruru, arroz, vatapá, farofa de dendê, banana frita e xinxim ou arraia, e custa R$ 70 com direito a refrigerante. O individual sai por R$ 35, mas sem direito a bebida. Também há opções de moquecas. Pedidos: (71) 8478-4193 no WhatsApp, até às 15h. Av. Oceânica, 1460 - Loja 01 - Ondina

Cozinha da Mari (@cozinhadamari.ssa)

A casa é especializada em feijoada, comida baiana, acarajé e abará. O caruru vai acompanhado de arroz, vatapá, feijão fradinho e banana. As proteínas podem ser peixe, camarão e marisco. As opções são atum de cabeçudo. Para 2 pessoas os valores alternam de R$ 115 a R$ 165. Pedidos: (71) 9908-2493 no WhatsApp, até às 9h. Tv. Silvano, 66 – Federação

Nilda Gourmet (@temperodanilda)

Ela está trabalhando com o combo, com moqueca de camarão e porções de 500 gramas de caruru, vatapá, feijão fradinho, arroz branco, farofa e um litro de refrigerante. O custo total é de R$ 198,80 e serve até 3 pessoas. Pedidos: (71) 8711-3310, no WhatsApp, até às 9h. Rua Martins de Almeida 62 jardim Apipema

Delicia’s da Cida (@delicias_da_cida03)

O cardápio tem opções para servir de 1 até 3 pessoas, e o caruru é acompanhado de vatapá, feijão fradinho, farofa, banana da terra frita e quatro tipos de proteínas: camarão, xinxim de frango, mariscada e peixe. Pedidos: (71) 9 9629-8696 no WhatsApp, até às 13h. Rua Padre Domingos de Brito, nº 10 – Garcia