Sofrência: o amor toma conta do segundo dia do Festival Virada Salvador

Fãs curtiram os shows de Devinho Novaes, Zezé di Camargo & Luciano, Luan Santana, Durval Lelys, Léo Santana e Mano Walter

  • Foto do(a) author(a) Victor Lahiri
  • Victor Lahiri

Publicado em 30 de dezembro de 2018 às 07:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

Uma legião de “sofredores” invadiu a Arena Daniela Mercury no segundo dia do Festival Virada Salvador. Mas, de triste, o público que lotou o evento não tinha nada. A galera que chegou logo cedo para garantir o melhor lugar em frente ao palco queria mesmo dançar e se divertir ao som da sofrência de artistas como Devinho, Zezé di Camargo & Luciano, Luan Santana e Mano Walter.

E, em meio ao clima de sedução, o Festival não deixou a proposta de mistura de lado, e ainda teve Léo Santtana e Durval Lelys, que colocaram a galera para pular.

Quem abriu a noite romântica foi o estreante no evento Devinho Novaes, revelação da sofrência que já na primeira música mostrou intimidade com o público, que cantou o sucesso Alô Dono do Bar, parceria com Wesley Safadão. O ritmo envolvente do repertório foi um prato cheio para casais que se agarraram, dançando ao som de cada hit. “A sofrência é mais tranquila para curtir. Dá pra namorar sem se preocupar muito e dançar agarradinho”, afirmaram os namorados Carlos Cerqueira e Flávia Aguiar, que chegaram cedo para curtir o som de Devinho. Clima romântico no ar no show de Devinho Novaes (Foto: Betto Jr/ CORREIO) Na terceira faixa do repertório, o cantor sergipano tocou o coração dos traídos e convocou os “cornos” da plateia que cantaram um dos maiores sucessos do momento - “Desça daí, seu corno”. A pausa após uma falha em um dos geradores durou pouco tempo e logo o Boyzinho (apelido do cantor) continuou o show.

O casal Maicosuel Chagas e Daniele Santos não parou de arrochar. “Nosso namoro começou por conta da dança, forró e arrocha”, contou Maicosuel. Daniele disse que sua maior expectativa era o show de Luan Santana, mas diz que o namorado se sente enciumado. “Eu sou fã antiga de Luan, mas já falei a ele que não precisa ciúmes, até porque é com ele que vou dançar quando Luan estiver cantando”.

É o amor O sentimento atravessa gerações e não é à toa que o grupo de fãs de Zezé di Camargo & Luciano, segunda atração da noite, era um dos maiores entre o público do Festival, reunindo pessoas de todos os gêneros e idades. A dupla fez questão de relembrar como a capital baiana foi fundamental em sua trajetória e, do outro lado, o público não escondeu o quanto os goianos foram importantes para a história de cada um. A dupla empolgou a plateia com os maiores sucessos (Foto: Betto Jr./ CORREIO) As amigas Osana Rodrigues, Cleane dos Santos e Taís Farias saíram de Águas Claras ao meio-dia, para chegar cedo ao Festival e garantir um lugar perto do palco. As três integram o fã-clube Intenso Amor e acompanham os ídolos desde a década de 1990. Elas trocam ideias e marcam encontros através de um grupo do Whatsapp, onde é proibido falar sobre outro assunto. “Nosso sonho é encontrá-los pessoalmente, imaginar um beijo e um abraço neles, até me arrepio só de pensar”, disse Taís.

Segundo Zezé, Salvador sempre contrariou a regra quando o assunto era a dupla. “Enquanto no restante do país, ‘É o Amor’ estava fazendo sucesso, aqui estourou ‘Deus’, uma composição minha. Além disso, um show que fizemos aqui está entre os nossos maiores públicos pagantes. Também fizemos um show aberto na Barra para 200 mil pessoas. Isso sem contar que fomos os primeiros sertanejos a subir em um palco. Essa cidade é um ‘pit stop’ fundamental para a nossa carreira”, falou ele.

Devinho também se emocionou: “Eu tenho a Bahia no meu coração. Hoje [ontem], fui recebido por esse público enorme”.

* Da 13ª turma do Correio de Futuro, com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier