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Traficante Roceirinho ri de delegado durante julgamento em Sussuarana

Ele participou do julgamento por videoconferência, em Mato Grosso do Sul

Publicado em 11 de julho de 2016 às 19:14

 - Atualizado há 2 anos

Julgamento aconteceu em Sussuarana(Foto: Divulgação/ TJ-BA)O traficante Adilson Souza Lima, conhecido como Roceirinho e apontado como líder da facção criminosa Katiara, sorriu durante o depoimento do delegado Omar Leal, no auditório do Fórum Criminal de Salvador, em Sussuarana. 

Ele e outros 12 réus começaram a ser julgados por tráfico e associação ao tráfico de drogas na manhã desta segunda-feira (11). 

Roceirinho está custodiado no Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, desde 2012, e participou do julgamento através de videoconferência.

As investigações que levaram ao julgamento foram coordenadas por Omar Leal, que, na época, era delegado do Departamento de Narcóticos (Denarc), da Polícia Civil da Bahia.O primeiro momento que provocou riso no traficante foi quando o delegado contou que não teve conhecimento do Estatuto da Katiara enquanto fazia as investigações da Operação Israel. "Soube, depois, que andava circulando esse tal estatuto pelo Whatsapp", afirmou. 

O CORREIO publicou com exclusividade o estatuto da Katiara, em agosto de 2015. Roceirinho estava participando do julgamento ao vivo, acompanhado de uma advogada em Mato Grosso do Sul e, enquanto outros três acusados participaram do julgamento no auditório do Fórum Criminal de Sussuarana, em Salvador. 

O segundo momento que divertiu o traficante foi quando o delegado contou que o grupo tinha como olheiro um vendedor de ovos que usava uma kombi para fazer o serviço. "Eles diziam: 'as putas estão vindo'. As putas eram a polícia, chocolate era a Rondesp", explicou Leal ao juiz Horácio Moraes Pinheiro, da 2ª Vara Crime Privativa de Tóxicos.Roceirinho foi preso em 2012 e é apontado como líder da facção Katiara(Foto: Divulgação/ Polícia Civil)JulgamentoAs investigações começaram com a quebra de sigilo telefônico dos suspeitos durante a Operação Israel. Segundo o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), o julgamento está em fase de instrução. Serão ouvidas primeiro as testemunhas de acusação e depois as de defesa. Nesta segunda-feira, apenas o delegado e um investigador foram ouvidos pelo juiz substituto da 2ª Vara de Tóxicos, Horácio Moraes Pinheiro. Nova audiência foi agendada para o dia 4 de agosto, às 9h.A Katiara é uma quadrilha ligada ao grupo PCC que atua no tráfico de drogas em Salvador, Maragojipe, Salinas da Margarida, Itaparica, Nazaré das Farinhas, Vera Cruz, Santo Antônio de Jesus e Santo Amaro da Purificação.

EconomiaO Tribunal de Justiça da Bahia e a Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia (Seap) destacaram os benefícios do julgamento via videoconferência. Em nota, o TJ-BA apontou algumas das economias. "O uso da tecnologia confere maior segurança e redução de custos para o Tribunal de Justiça, além de evitar riscos de fuga na condução do réu desde a unidade onde cumpre pena. No caso, Roceirinho não precisa vir do Mato Grosso do Sul para ser interrogado em Salvador", diz a nota.O estado teria despesas também com alimentação e hospedagem, nas unidades prisionais onde ele ficasse instalado. O procedimento é o mesmo adotado em caso de translado de presos considerados de alta periculosidade.A assessoria da Seap informou que se Roceirinho precisasse participar pessoalmente do julgamento, seriam necessárias duas guarnições, com oito policiais, para fazer o transporte dele do aeroporto para o Tribunal. Equipes do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer) também poderiam ser necessárias.