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Portal Edicase
Publicado em 16 de outubro de 2025 às 12:43
A expectativa de vida tem aumentado. O avanço da ciência tem sido um aliado na busca por viver mais e melhor, mas não é uma trajetória simples: depende de vários fatores, e a nutrição é um dos pilares para envelhecer com mais saúde. O Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro, ressalta a importância de uma dieta equilibrada para um envelhecimento saudável e a conquista da sonhada longevidade. >
Projeções da Divisão de População da ONU (Organização das Nações Unidas) mostram que, globalmente, a população com 60 anos ou mais era de 195 milhões em 1950. Passou para cerca de 600 milhões em 2000, atingiu 1 bilhão em 2018 e, nesse ritmo, projeta-se a marca de 2 bilhões em 2048 e 3 bilhões em 2100. >
O envelhecimento saudável começa muito antes da velhice e influencia diretamente o metabolismo, o funcionamento cerebral, o sistema imunológico e a prevenção de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e obesidade. >
“Quando assumimos nossas escolhas no prato, não vale culpar as prateleiras repletas e atraentes dos supermercados, o fast-food , as bebidas açucaradas, os snacks . As tentações não são proibidas, mas devem ser coibidas quando colocamos em primeiro lugar nossa saúde e bem-estar”, observa o Prof. Dr. Durval Ribas Filho, nutrólogo, Fellow da The Obesity Society – TOS (EUA), presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e palestrante do CBN 2025. >
Conforme o médico, não basta viver por mais tempo, é preciso viver bem durante mais tempo. “A ‘gana’ é ser um longevo, sim, mas atingir a chamada agerasia — um envelhecimento com saudabilidade, autonomia e qualidade de vida — para aproveitar esses anos extras, impensáveis há algumas décadas”, ressalta. >
A seguir, confira as dicas do Prof. Dr. Durval Ribas Filho para envelhecer com saúde! >
Sempre priorize alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, grãos integrais e proteínas magras. “Não existem receitas milagrosas, mas há evidências científicas de que certos padrões alimentares estão associados à longevidade, como a dieta mediterrânea e a alimentação tradicional japonesa, ricas em alimentos naturais e pobres em ultraprocessados”, explica o médico. >
As gorduras “do bem” estão presentes em alimentos como azeite de oliva, abacate, castanhas e peixes ricos em ômega 3. >
O exagero no consumo de sal e açúcar pode desencadear doenças sérias, como hipertensão e diabetes. Crie o hábito, à mesa, de reduzir ou até excluir a adição desses ingredientes na comida pronta, em sucos e no café. >
As proteínas são fundamentais para a manutenção da massa muscular. As fibras regulam o intestino e promovem saciedade. Peixes, ovos, leguminosas e grãos integrais são excelentes fontes desses nutrientes. >
A água é imprescindível para o bom funcionamento dos órgãos e das funções vitais. A desidratação, em idosos, pode impactar o funcionamento cerebral e renal. Tenha como meta ingerir pelo menos 2 litros de água por dia para assegurar uma digestão eficiente, melhorar a circulação sanguínea e eliminar toxinas. >
Comer com moderação contribui para controlar o metabolismo , reduzir o estresse oxidativo e a obesidade, além de diminuir os riscos de doenças cardiovasculares. Vale a regra do prato colorido, com vários grupos de nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais e antioxidantes. >
O eixo cérebro-intestino tem sido cada vez mais pesquisado, por ser um elo de suma importância para a imunidade e o bem-estar. >
O sono adequado ajuda a reduzir o estresse e outros fatores que influenciam diretamente o envelhecimento celular. >
A regularidade na atividade física auxilia na preservação da massa muscular e da capacidade funcional do organismo. >
O cérebro agradece quando não se vive isolado, pois precisa de estímulos contínuos para envelhecer bem. >
Por Edna Vairoletti >
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