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Portal Edicase
Publicado em 11 de julho de 2025 às 18:09
Mesmo com exames laboratoriais nos padrões considerados normais, muitas pessoas continuam enfrentando sintomas persistentes como fadiga intensa, sensação de inchaço, dificuldade para emagrecer e alterações no sono ou no humor. Segundo a endocrinologista Fernanda Parra, esses sinais podem estar relacionados a desequilíbrios que não são detectados em testes tradicionais. >
“Os exames de rotina são fundamentais, mas nem sempre suficientes. Muitas alterações sutis, principalmente hormonais ou inflamatórias, podem passar despercebidas nos resultados”, explica a médica. >
Segundo ela, diversos fatores podem justificar as reações do organismo, mesmo na ausência de alterações detectáveis nos exames básicos. A seguir, Fernanda Parra detalha 4 sinais de alerta que podem indicar disfunção na tireoide. Confira! >
Alterações discretas na produção hormonal, especialmente da tireoide ou do cortisol, podem provocar sintomas significativos. “O hormônio do estresse pode causar sintomas mesmo quando os exames indicam resultados dentro da faixa de referência”, ressalta Fernanda Parra. >
Estados inflamatórios crônicos e sutis, geralmente associados ao estilo de vida, influenciam diretamente o metabolismo e o nível de energia. No entanto, esses problemas não costumam ser identificados nos exames. >
“A saúde intestinal desempenha um papel cada vez mais reconhecido no bem-estar geral. Alterações na microbiota, por exemplo, estão ligadas a problemas como inchaço, distúrbios digestivos e até impacto na saúde mental”, afirma. >
Distúrbios na flora intestinal estão relacionados não somente a desconfortos gastrointestinais, mas também ao humor, imunidade e à absorção de nutrientes, o que pode mascarar deficiências nutricionais mesmo com exames aparentemente normais. >
A endocrinologista Fernanda Parra afirma que, mesmo com níveis ‘aceitáveis’ de vitaminas e minerais nos exames, “o organismo pode apresentar sintomas de deficiência, especialmente quando há má absorção ou maior demanda individual”. >
O sedentarismo , o estresse crônico e as noites mal dormidas são fatores que afetam profundamente a regulação hormonal e o metabolismo, e muitas vezes não aparecem em exames objetivos. >
“É fundamental ir além dos exames básicos. Avaliações clínicas mais completas, com exames funcionais, hormonais detalhados e testes de inflamação, podem oferecer uma visão mais ampla da saúde do paciente”, sugere. >
Segundo Fernanda Parra, para além da análise laboratorial, o olhar clínico e a escuta ativa continuam sendo peças-chave no diagnóstico. “A escuta ativa e a análise individualizada são essenciais. Nem tudo que afeta o bem-estar aparece nos exames. O olhar clínico atento ainda é o principal instrumento diagnóstico”, ressalta a endocrinologista. >
Por fim, a médica reforça que pequenas mudanças de rotina fazem grande diferença na recuperação do equilíbrio hormonal e metabólico. >
Por Beatriz Pinheiro >