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Portal Edicase
Publicado em 5 de maio de 2025 às 16:09
A cirurgia bariátrica voltou ao centro das atenções após a influenciadora Thais Carla anunciar que passou pelo procedimento. Embora o tipo exato da cirurgia não tenha sido divulgado, o caso reacendeu debates importantes sobre os cuidados, os riscos e os mitos que ainda cercam o tratamento cirúrgico da obesidade severa. >
O número de casos de obesidade tem crescido significativamente nos últimos anos. Segundo um estudo feito pela Federação Mundial da Obesidade, 68% dos brasileiros poderão estar com sobrepeso até 2030. Com isso, aumenta o risco de doenças graves, como diabetes, infarto, derrame e alguns tipos de câncer. >
A nutróloga Dra. Bruna Durelli, especialista em obesidade e fundadora da clínica LevSer Saúde, lista 5 cuidados essenciais para quem está considerando a cirurgia bariátrica ou já passou pela operação. Confira! >
A maioria dos procedimentos bariátricos hoje é feita por laparoscopia, uma técnica minimamente invasiva, mas isso não significa que o processo seja simples. A recuperação exige cuidados rigorosos, como dieta líquida nas primeiras semanas, suplementação de vitaminas e minerais, acompanhamento médico contínuo e inclusão de exercícios físicos na rotina. >
Pacientes com obesidade severa apresentam riscos aumentados de complicações respiratórias, cardiovasculares e infecciosas. Problemas como apneia do sono, hipertensão e dificuldade de cicatrização são comuns e podem ser agravados pela falta de acompanhamento adequado. Além disso, procedimentos como o bypass gástrico podem gerar deficiências nutricionais importantes. >
A perda de peso mais intensa ocorre nos primeiros 12 a 18 meses após a cirurgia, com uma média de redução de mais de 50% do excesso de peso no primeiro ano. Mas essa transformação física precisa ser acompanhada de suporte emocional e nutricional constante para garantir saúde a longo prazo e prevenir recaídas. >
Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) revelou que cerca de 92% dos pacientes que fazem a cirurgia bariátrica reganham pelo menos 20% do peso perdido após dois anos do procedimento. A obesidade é uma doença crônica e multifatorial. Sem mudanças permanentes de estilo de vida, o reganho de peso é uma realidade. >
Entre os equívocos mais comuns, estão as ideias de que a cirurgia elimina a necessidade de mudar a alimentação , que garante perda de peso definitiva e que impede a gravidez. Outro mito perigoso é acreditar que o acompanhamento médico não é necessário após a cirurgia, o que pode levar a deficiências graves como anemia, queda de cabelo e perda muscular. >
Por Maria Fernanda Benedet >