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5 riscos do uso prolongado de omeprazol

Veja como o uso excessivo e sem orientação médica deste medicamento pode prejudicar a saúde

  • Foto do(a) author(a) Portal Edicase
  • Portal Edicase

Publicado em 16 de outubro de 2025 às 17:43

O uso prolongado do omeprazol pode colocar a saúde em risco (Imagem: Elizabeth_0102 | Shutterstock)
O uso prolongado do omeprazol pode colocar a saúde em risco Crédito: Imagem: Elizabeth_0102 | Shutterstock

O omeprazol é um dos medicamentos mais comuns para tratar gastrite e refluxo ácido. Em 2022, cerca de 64,9 milhões de unidades foram consumidas no Brasil, conforme estimativas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entanto, o uso prolongado e sem orientação médica do remédio pode oferecer riscos à saúde.

O Dr. Lucas Nacif, cirurgião gastrointestinal, explica que o omeprazol faz parte dos inibidores da bomba de prótons (IBPs), atuando na redução da produção de ácido gástrico no estômago, o que alivia os sintomas e ajuda na cicatrização de úlceras e inflamações.

“O que muitos não sabem é que o medicamento deve ser utilizado apenas a curto prazo, por no máximo três meses. Dentro deste prazo, há exceções, pacientes com acompanhamento médico podem utilizar o medicamento durante um período maior. Porém, o risco surge quando o paciente faz uso indiscriminado sem o devido acompanhamento médico”, ressalta. 

A seguir, o Dr. Lucas Nacif lista os principais riscos do uso prolongado de omeprazol. Confira!

1. Deficiências nutricionais

O uso prolongado do omeprazol pode desencadear uma série de efeitos adversos. Um dos principais riscos é o desequilíbrio nutricional. O ácido gástrico é essencial para a absorção dos alimentos que ingerimos, incluindo nutrientes como cálcio, ferro e vitamina B12. Com o uso contínuo do medicamento, a redução da acidez estomacal pode levar a deficiências nutricionais, resultando em problemas como osteoporose, anemia e neuropatia.

2. Maior risco de infecções

O ácido gástrico ajuda a proteger o organismo contra germes e bactérias nocivas. Quando essa barreira natural é reduzida, o estômago e o intestino ficam mais vulneráveis à proliferação de bactérias ruins, como o Clostridium difficile , que pode causar infecções graves, diarreia intensa e desconforto.

3. Sobrecarga nos rins

Os IBPs (inibidores da bomba de prótons), como o omeprazol, interferem na absorção e excreção de minerais essenciais, como cálcio e magnésio. Isso aumenta a carga de trabalho dos rins, podendo causar desgaste renal ao longo do tempo, especialmente em quem já tem função renal comprometida. Em casos graves, o uso prolongado pode levar até à necessidade de diálise ou transplante.

A densidade óssea tende a diminuir com o uso frequente de omeprazol (Imagem: PanuShot | Shutterstock)
A densidade óssea tende a diminuir com o uso frequente de omeprazol Crédito: Imagem: PanuShot | Shutterstock

4. Ossos mais frágeis

Outro fator importante é a redução da densidade óssea , o que aumenta o risco de fraturas e osteoporose. Esse efeito tende a se acumular com o tempo, principalmente em idosos ou pessoas com dietas pobres em cálcio.

5. Desequilíbrio intestinal

O omeprazol também pode alterar a flora intestinal, causando desequilíbrios que afetam a digestão e a saúde geral do sistema gastrointestinal.

Use o medicamento com responsabilidade

Embora seja um medicamento útil para aliviar sintomas gástricos , é essencial usar o omeprazol com responsabilidade. “O uso deve ser limitado ao menor tempo possível e sempre sob orientação médica. Se precisar usar o medicamento com frequência, é importante investigar a causa dos sintomas e considerar alternativas viáveis de tratamento”, finaliza o Dr. Lucas Nacif. 

Por Ana Carolina Batista