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Portal Edicase
Publicado em 27 de junho de 2025 às 18:09
Sensibilidade ao frio ou a alimentos doces, superfícies dentárias achatadas ou ásperas. Dores musculares na face ou ao mastigar, além de dores de cabeça frequentes. Esses são alguns dos sinais de alerta para o desgaste dentário. >
“Quando o dente perde sua estrutura natural, ele fica mais sensível, menos resistente e mais propenso a fraturas. Com o tempo, isso pode gerar dores ao mastigar, retração gengival, alteração na mordida e até problemas na articulação temporomandibular (ATM)”, explica o cirurgião dentista e coordenador do curso de odontologia da Uniderp, Luiz Fernando Moreira Maziero. >
Segundo o especialista, a perda gradual da estrutura dentária pode parecer inofensiva no início e incomodar apenas por questões estéticas, mas a condição pode estar associada a hábitos cotidianos e até a distúrbios, resultando em sérias consequências para a saúde bucal e para o bem-estar geral. >
Abaixo, Luiz Fernando Moreira Maziero aponta as principais causas do desgaste dentário. Confira! >
Caracterizado pelo ato inconsciente de ranger ou apertar os dentes, que pode acontecer durante o dia ou à noite, pode causar dores de cabeça , incômodos e zumbidos no ouvido, além de desgaste e amolecimento dental e, em casos graves, problemas nas gengivas, nos ossos e na articulação da mandíbula. >
Refrigerantes, vinagre, frutas cítricas e bebidas energéticas podem ser vilões já que afetam diretamente o esmalte dos dentes e provocam a erosão, que é o amolecimento da camada externa do dente, provocado pelo pH ácido dos alimentos. O quadro pode ser agravado quando realizada a escovação de forma inadequada. >
Em condições normais, os dentes superiores devem encobrir ligeiramente os inferiores, ou seja, o arco dentário superior deve ser um pouco maior que o inferior. A mordida desalinhada pode provocar o contato dos dentes superiores com os inferiores ao fechar a boca de forma desequilibrada ou errada. Essa alteração no mecanismo pode trazer danos para os dentes, gengivas, ossos, músculos, ligamentos e articulações. >
Utilizar uma pressão excessiva na escovação , associada a uma escova com cerdas rígidas com frequência, pode causar desgastes. Por isso, deve ser feita dente a dente, com uma escova que tenha a cabeça pequena e cerdas macias. A qualidade da escovação não é medida pela força exercida durante a higiene dos dentes. >
Ocorre quando há o desequilíbrio entre as barreiras antirrefluxo, ou seja, quando a válvula que funciona como uma porta de entrada do alimento para o estômago não se fecha corretamente, fazendo com que o alimento e ácidos indesejáveis voltem para a boca . Entre os problemas que podem surgir na boca por conta dos ácidos, estão a erosão dentária e a cárie. >
Além de redução na produção de saliva, retração gengival, aumento de sensibilidade e mudança na cor, o envelhecimento natural dos dentes também vem acompanhado do desgaste do esmalte. >
O dentista destaca que o desgaste não afeta apenas a estética do sorriso. “Ele pode prejudicar a mastigação e a fala, causar retração gengival e exposição da dentina (camada interna mais sensível), aumentar o risco de inflamações gengivais e cárie”, salienta Luiz Fernando Maziero. >
A avaliação periódica realizada por um dentista é fundamental para a identificação de hábitos prejudiciais e orientação quanto a ajustes simples na rotina que podem evitar desgastes severos, por meio de técnicas modernas e minimamente invasivas. >
Por Camila Souza Crepaldi >