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Portal Edicase
Publicado em 28 de agosto de 2024 às 09:36
A erva-de-bugre ( Casearia sylvestris ), também chamada de guaçatonga, é uma planta medicinal valorizada no Brasil. Presente principalmente em regiões de cerrado e áreas tropicais, ela é amplamente utilizada na medicina tradicional para ajudar no tratamento de diversas condições, como distúrbios digestivos, inflamações e infecções. >
A seguir, entenda mais sobre esses e outros benefícios da erva-de-bugre! >
A erva-de-bugre é tradicionalmente utilizada para ajudar a aliviar dores de cabeça, musculares e reumáticas. Esse efeito analgésico é atribuído aos flavonoides e triterpenos presentes em sua composição, que possuem propriedades anti-inflamatórias e relaxantes. Além disso, esses compostos melhoram a circulação sanguínea, o que contribui para reduzir as dores. >
Entre as doenças reumáticas mais conhecidas está a artrose , que causa degeneração da cartilagem. “Ela acomete milhões de pessoas em todo o mundo e, por ser a doença mais frequente e acometer mais os idosos, criou-se o estigma que reumatismo é doença de idoso, mas isso não é verdade”, afirma a reumatologista Ingrid Moss. >
Seus compostos bioativos ajudam a proteger a mucosa gástrica ao promover a secreção de muco que reveste o estômago e reduzir o impacto dos ácidos gástricos. Além disso, sua ação anti-inflamatória alivia os sintomas de gastrite. >
“Existem vários chás que podem ajudar a aliviar a dor de estômago devido às suas propriedades calmantes e anti-inflamatórias. No entanto, é importante ressaltar que cada pessoa pode reagir de maneira diferente aos remédios naturais e, se a dor persistir ou piorar, é aconselhável procurar orientação médica”, explica Ariane Braz A. C. Brasil, nutricionista do Hospital Edmundo Vasconcelos. >
Os bioativos presentes na planta têm ação anti-inflamatória. A quercetina e outros antioxidantes ajudam a inibir a produção de substâncias químicas envolvidas na resposta inflamatória, auxiliando na proteção dos tecidos do corpo contra danos e promovendo a recuperação. >
A Erva-de-bugre possui uma variedade de compostos antioxidantes essenciais para neutralizar os radicais livres no corpo, ajudando a proteger as células contra danos oxidativos. Ao neutralizar essas moléculas instáveis que podem prejudicar o DNA e outras estruturas celulares, os flavonoides contribuem para a preservação da integridade celular, reduzindo o risco de doenças degenerativas e retardando o envelhecimento precoce. >
“As células do nosso corpo estão constantemente sujeitas a danos tóxicos pela formação de radicais livres, que são provenientes de reações que ocorrem na membrana das células e são responsáveis pela ocorrência de diversas enfermidades e processos degenerativos do organismo humano”, explica o cardiologista Bruno Ganem. >
A erva-de-bugre é tradicionalmente usada para ajudar a acelerar a cicatrização de feridas e úlceras devido às suas propriedades regeneradoras. Os taninos ajudam a contrair os tecidos, formando uma barreira protetora sobre a ferida que impede a entrada de microrganismos e acelera a cicatrização. Além disso, os flavonoides estimulam a produção de colágeno, essencial para a regeneração e reparação dos tecidos. Isso auxilia como um complemento no tratamento de doenças de pele, como herpes e micoses, promovendo uma recuperação mais eficaz. >
A erva-de-bugre também age como um diurético natural devido às saponinas presentes em sua composição, que promovem a excreção de sódio e água pelos rins. Isso ajuda a reduzir o acúmulo de líquidos nos tecidos, aliviando o inchaço e a retenção hídrica. >
“Para alguns, a retenção hídrica acontece depois de uma grande refeição ou bebida, enquanto, para outros, é apenas uma parte desconfortável da vida cotidiana. Hábitos de vida desregulados, como falta de sono e atividade física insuficiente, também podem estar relacionados”, afirma a nutróloga Dra. Marcella Garcez. >
Os efeitos antimicrobianos da erva-de-bugre são atribuídos à presença de compostos bioativos como alcaloides, taninos e saponinas, que atuam diretamente sobre os microrganismos. Os alcaloides presentes na planta afetam a integridade das membranas celulares dos patógenos, dificultando sua sobrevivência e proliferação. >
A erva-de-bugre pode ser utilizada por meio de: >
Apesar dos benefícios, o uso de ervas medicinais deve ser feito com cautela e, preferencialmente, sob orientação de um profissional de saúde, especialmente para evitar possíveis interações com medicamentos ou efeitos colaterais indesejados. >
“É importante ter em mente que cada pessoa é única e que as reações individuais podem variar. O recomendado é o consumo moderado para a maioria das ervas. É preciso não exagerar na quantidade, pois algumas substâncias presentes nas plantas podem ter efeitos colaterais em grandes quantidades”, afirma Ariane Braz A. C. Brasil. >