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Portal Edicase
Publicado em 6 de novembro de 2025 às 11:41
A hérnia de disco é uma condição que ocorre quando um dos discos intervertebrais — estruturas que funcionam como amortecedores entre as vértebras da coluna — se desloca ou se rompe, pressionando os nervos ao redor. Essa alteração pode causar dor intensa, formigamento, fraqueza muscular e, em alguns casos, dificuldade de movimento. >
Mais de 5,4 milhões de brasileiros convivem com a hérnia de disco, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número pode ser ainda maior, considerando os casos não diagnosticados. Além disso, a condição é uma das principais causas de afastamento do trabalho no país, conforme dados do Ministério do Trabalho (MT). >
Abaixo, os fisioterapeutas André Pêgas e Laudelino Risso, especialistas em reabilitação de coluna, destacam 7 pontos importantes sobre a hérnia de disco, das causas mais frequentes às opções de tratamento não cirúrgico. Confira! >
Ficar longos períodos sentado de forma inadequada, apoiar-se mal ao dormir ou permanecer em pé por muito tempo são fatores que aumentam a pressão sobre os discos intervertebrais. Com o tempo, esse esforço excessivo pode gerar desalinhamentos na coluna e contribuir para o surgimento de hérnias. >
Na hérnia de disco, conforme André Pêgas, há também influência de fatores genéticos, já que algumas pessoas possuem discos mais frágeis. “A baixa ingestão de água, o consumo frequente de alimentos inflamatórios e o estresse crônico prejudicam a cicatrização natural do organismo e aumentam o risco de degeneração dos discos”, afirma. >
Os discos intervertebrais funcionam como amortecedores entre as vértebras. Quando sofrem um rompimento, o material interno,de consistência gelatinosa, pode vazar e pressionar os nervos, gerando dor, rigidez, formigamento e perda de força. As regiões mais afetadas são a lombar e a cervical. >
Conforme o Código de Ética do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), o fisioterapeuta tem autonomia para avaliar o paciente, elaborar o diagnóstico fisioterapêutico e instituir o tratamento adequado. “O fisioterapeuta pode solicitar exames complementares, como ressonância magnética e raio-x, e interpretar os exames e laudos, garantindo uma avaliação completa”, explica Laudelino Risso, fisioterapeuta e osteopata com formação pela Escola de Osteopatia de Madri e pela Harvard Medical School. >
A reabilitação adequada é essencial para garantir uma recuperação eficiente e segura. Com o avanço das técnicas fisioterapêuticas , muitos pacientes conseguem voltar às suas atividades sem a necessidade de intervenção cirúrgica. >
“O protocolo de reabilitação tem duração média de um a três meses e combina diferentes técnicas fisioterapêuticas”, explica André Pêgas, que completa afirmando: “Evita-se o risco cirúrgico, reduz-se o tempo de afastamento e o paciente retoma suas atividades com mais segurança”. >
A intervenção cirúrgica é recomendada apenas em casos de sinais neurológicos graves, como perda de força nos pés ou mãos, formigamento na região perineal ou compressão medular. >
A prevenção envolve boa postura, hidratação adequada, atividade física regular e alimentação equilibrada. “Exercícios que fortalecem a musculatura, como pilates e treinos funcionais, ajudam a reduzir a sobrecarga sobre os discos e previnir novas lesões”, reforça Laudelino Risso. >
Por Renata Sbrissa >