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Larissa Almeida
Publicado em 23 de junho de 2025 às 05:30
A queda de cabelo em mulheres tem se tornado uma queixa frequente nos consultórios dermatológicos. Embora parte da perda capilar seja considerada normal, alterações persistentes na densidade e no volume dos fios podem indicar alopecia, condição que exige investigação médica. >
De acordo com a dermatologista Ula Rebouças, da Clínica de Saúde Humanizada (Cher), os tipos mais comuns de alopecia entre mulheres são a androgenética, de origem hereditária, e o eflúvio telógeno, relacionado a fatores como estresse, alterações hormonais e deficiências nutricionais. “A alopecia androgenética, de origem familiar, e o eflúvio telógeno, associado a estresse, alterações hormonais e nutrição inadequada, são os tipos mais comuns entre as mulheres”, afirma. >
A médica destaca que fases de queda hormonal acentuada, como o pós-parto, o climatério e a menopausa, favorecem o surgimento do eflúvio telógeno. “Momentos como esses, marcados pela queda da progesterona, tornam os fios mais suscetíveis à queda difusa”, explica. >
Diferenciar uma queda capilar fisiológica de um quadro patológico é essencial. A perda de até 100 fios por dia é considerada normal, especialmente quando ocorre de forma uniforme e com reposição ativa de novos fios. Já sinais como afinamento capilar, rarefação em áreas específicas ou ausência de crescimento devem ser investigados por um dermatologista. >
Além da alopecia androgenética e do eflúvio telógeno, outras formas da condição também afetam mulheres, como a alopecia areata (autoimune, com falhas localizadas), a alopecia fibrosante frontal (queda na linha frontal do couro cabeludo) e a alopecia universal, forma mais grave da areata, com perda total dos pelos corporais. >
O diagnóstico inclui avaliação clínica detalhada, exames laboratoriais para verificar carências nutricionais e hormonais, além da tricoscopia, exame que amplia a imagem do couro cabeludo para análise mais precisa. >
Com o diagnóstico precoce, os tratamentos apresentam bons resultados. Entre as opções mais eficazes, segundo Rebouças, estão o plasma rico em plaquetas (PRP) e o polinucleotídeos derivados do DNA (PDRN), ambos voltados à regeneração dos folículos e ao estímulo do crescimento. “O mais importante é que a mulher não ignore os sinais. Quanto antes buscarmos a causa, maiores as chances de sucesso no tratamento”, afirma. >