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Portal Edicase
Publicado em 10 de novembro de 2025 às 15:40
O caroço que surge no pescoço, na maioria das vezes, trata-se de linfonodos reagindo a infecções comuns. Por outro lado, há casos que exigem avaliação especializada para descartar condições graves. Para isso, o médico irá avaliar contexto clínico, duração e características do gânglio. >
“Um gânglio inchado é, muitas vezes, um sinal de que o sistema imunológico está ativo — isso pode ocorrer após um resfriado, infecção dentária ou trauma simples. Mas quando ele persiste, endurece ou aparece sem motivo aparente, precisamos investigar”, explica a cirurgiã de cabeça e pescoço Dra. Débora Vianna. >
A seguir, a médica lista características que servem de alerta para procurar um médico ao identificar um caroço no pescoço. Confira! >
Um gânglio que surge após uma infecção de garganta, ouvido ou dente, que dói e diminui em algumas semanas, geralmente é reacional. Há boa evolução sem tratamento invasivo. >
Se o caroço permanece aumentado por mais de três a quatro semanas, é maior que 2 cm, está endurecido ou fixo, torna-se sinal de alerta. “A persistência é o fator que mais nos ativa o alarme clínico”, alerta a Dra. Débora Vianna. >
Quando o gânglio vem acompanhado de outros sintomas como febre persistente, suores noturnos, emagrecimento inexplicado ou cansaço excessivo, ele pode indicar uma causa mais complexa. “Nesse cenário, a investigação deve ser rápida”, reforça a médica. >
O local importa: gânglios em regiões como acima da clavícula, sob a mandíbula ou em cadeia posterior do pescoço merecem atenção especial. “São menos comuns em infecções simples e mais associados a patologias que exigem investigação oncológica ou de cabeça e pescoço”, observa a Dra. Débora Vianna. >
Alterações na textura ou aderência — gânglios endurecidos, fixos ao tecido ao redor, irregulares ou sem mobilidade — são características que elevam o grau de gravidade. “Tocar e avaliar a consistência ajuda o médico a estratificar o risco”, diz. >
O histórico pessoal faz diferença: tabagismo , infecções crônicas, histórico de câncer ou exposição ocupacional aumentam o risco. “Quando existe esse contexto, nosso nível de vigilância sobe bastante”, explica a Dra. Débora Vianna. >
Mesmo que o gânglio pareça benigno, o acompanhamento é imprescindível. “Se decidimos por ‘esperar e observar’, marcamos retorno, fazemos exames de imagem ou biópsia se necessário — a vigilância é parte do tratamento”, explica a Dra. Débora Vianna. >
Ela reforça que o exame imediato não significa emergência para todos os casos, mas que a avaliação especializada não deve esperar em qualquer situação de dúvida ou persistência. “Procurar o especialista não é exagero, é prudência. A detecção precoce faz diferença no tratamento de condições que podem se estender além de uma simples infecção”, finaliza. >
Por Sarah Monteiro >