Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Portal Edicase
Publicado em 27 de novembro de 2025 às 14:24
O envelhecimento da mulher é um fenômeno amplo, que une transformações estéticas, hormonais, emocionais e metabólicas. Não é incomum que, ao notar mudanças no rosto ou no corpo, a mulher busque respostas imediatas na estética. Essa procura, contudo, muitas vezes vem acompanhada de uma pressão silenciosa, e crescente, por padrões idealizados. >
A fisioterapeuta e dermatologista Mônica Druzian observa diariamente esse movimento. “Muitas mulheres chegam trazendo como referência imagens de redes sociais. Querem atingir aquele corpo perfeito, que na maioria das vezes não existe. O meu papel é acolher, mostrar que estética não substitui hábitos saudáveis e orientar para escolhas seguras”, diz. >
A profissional lembra que, embora a pele seja um dos primeiros sinais visíveis da passagem do tempo, ela reflete o que acontece em todo o organismo, especialmente no período em que os hormônios começam a oscilar. >
Os especialistas explicam que, ao compreender essa integração entre pele, hormônios, respiração, coração e estilo de vida, é possível cuidar melhor do próprio corpo e envelhecer com mais equilíbrio. A seguir, veja sete orientações essenciais para interpretar esses sinais. >
O cirurgião plástico Dr. Jorge Seba explica que o rosto costuma ser o primeiro mensageiro do envelhecimento porque reflete o funcionamento interno do organismo. “Quando a mulher nota flacidez , perda de contorno ou aquele aspecto cansado que não melhora nem com descanso, isso não é apenas um incômodo estético. O rosto reage a oscilações hormonais, ao estresse e ao estilo de vida. Ele funciona como um mapa. Perceber essas mudanças cedo faz muita diferença no resultado dos cuidados”, afirma. >
O cirurgião plástico Dr. Daniel Botelho reforça que grande parte das transformações percebidas no rosto está relacionada ao declínio hormonal natural. “A queda do estrogênio altera textura e firmeza da pele, reposiciona bolsas de gordura e deixa o suporte ósseo mais evidente. Muitas mulheres sentem que envelheceram de repente, mas isso é reflexo direto da redução hormonal. Quando a reposição é indicada pelo médico responsável, o impacto positivo aparece tanto no bem-estar quanto na harmonia facial”, ressalta. >
Segundo o otorrinolaringologista Dr. Guilherme Scheibel, respirar bem influencia diretamente a vitalidade e o ritmo do envelhecimento cutâneo. “Quando o nariz não funciona bem, a oxigenação cai e o corpo entra em estado de inflamação contínua. Isso afeta o brilho, a textura e até o inchaço facial. Muitas mulheres buscam rinoplastia por estética e descobrem desvios que estavam roubando energia do organismo há anos. Respirar bem muda mais do que a aparência — muda a qualidade de vida”, explica. >
O ginecologista Dr. Alexandre Silva e Silva destaca a importância de olhar para o corpo como um todo durante o climatério e a menopausa. “Quando o estrogênio diminui, os vasos perdem elasticidade e o risco de doenças cardiovasculares sobe, às vezes sem dar sinais. É fundamental entender que cuidar da saúde hormonal significa também cuidar do coração. A menopausa é um divisor de águas que exige olhar global para o corpo”, alerta. >
Para o Dr. Jorge Seba, a estética atual não depende mais de um único recurso. “Não existe um único procedimento capaz de devolver vitalidade ao rosto. A combinação de estímulo de colágeno, intervenções estruturais, ajustes cirúrgicos quando necessários e suporte hormonal traz resultado natural e duradouro. A naturalidade vem do conjunto, não do excesso”, enfatiza. >
Conforme o Dr. Guilherme Scheibel, sono e respiração são pilares silenciosos do rejuvenescimento. “Dormir bem reduz inflamações e permite que o organismo se recupere. Quando há obstrução nasal, o corpo permanece em estado de alerta, produz mais estresse fisiológico e envelhece mais rápido. Cuidar da respiração é uma das estratégias mais eficientes para equilibrar o processo de envelhecimento”, afirma. >
Para o Dr. Daniel Botelho, compreender o envelhecimento como um fenômeno interligado transforma como a mulher lida com o próprio corpo. “O envelhecimento feminino não acontece em partes desconectadas. Quanto mais cedo a mulher entende essa relação, melhor ela se cuida. A prevenção é mais eficiente, mais econômica e muito mais gentil do que tentar recuperar anos de danos acumulados”, explica. >
A cirurgiã-dentista Thais Moura, especialista em harmonização facial, complementa que o cuidado estético precisa acompanhar essa compreensão mais humana e integrada do envelhecer . “A maioria das mulheres ainda chega com a ideia de se encaixar em um padrão. Mas a verdadeira transformação é de dentro para fora. Na clínica, trabalhamos para que cada paciente saia não apenas mais bonita, mas mais confiante com sua própria história”, finaliza. >
Por Sarah Monteiro >