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Portal Edicase
Publicado em 6 de maio de 2025 às 20:09
O uso de fitoterápicos – medicamentos à base de plantas – tem ganhado cada vez mais espaço entre quem busca alternativas naturais para melhorar a saúde e o bem-estar. Contudo, segundo a biomédica Dra. Franciela Bednarski, especialista em estratégias para saúde e beleza de dentro para fora, o sucesso desses tratamentos vai muito além de tomar um chá ou cápsula natural por conta própria. >
“Fitoterápicos não são inofensivos. São remédios feitos a partir de plantas e podem interagir com medicamentos, causar efeitos colaterais e até sobrecarregar o fígado se usados sem orientação”, alerta a profissional. >
É comum encontrar pessoas que se automedicam com produtos naturais, baseando-se em dicas da internet ou conselhos de amigos. Porém, cada organismo é único, e o que funciona para um pode não funcionar para outro. Por isso, personalização e acompanhamento profissional são fundamentais. >
A Dra. Franciela Bednarski explica que muitos fitoterápicos são consideradosadaptógenos, ou seja, não agem apenas em uma única área do corpo. Eles são prescritos para uma queixa específica, mas modulam o organismo de forma ampla, podendo ter efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios, imunológicos, metabólicos e neurológicos ao mesmo tempo. >
“Por exemplo, se prescrevo cúrcuma para reduzir inflamação , ela também atuará no controle do colesterol, no aumento da imunidade e na proteção antioxidante. Essa é uma das grandes vantagens dos fitoterápicos bem indicados”, destaca a biomédica. >
Ela lembra ainda que, apesar de muitos compostos terem funções amplas — como antioxidantes e anti-inflamatórios, que praticamente todo mundo pode se beneficiar —, não existe uma única planta ou substância que sirva para todos os organismos, em todas as situações. A escolha precisa sempre considerar o momento de vida, os sintomas, o histórico e as necessidades individuais. >
Quando bem indicados, fitoterápicos podem ajudar no controle da ansiedade , na regulação do sono, no equilíbrio hormonal, no emagrecimento, na melhora da imunidade, entre outros benefícios. Mas tudo depende de avaliação e prescrição profissional. >
“Até mesmo um simples chá de gengibre, se usado em excesso, pode alterar a pressão arterial. Por isso, sempre recomendo: evite a automedicação, mesmo com produtos naturais, e busque orientação”, finaliza a Dra. Franciela Bednarski. >
Por Gabriela Andrade >