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Quais fatores ajudam a evitar a obesidade infantil?

O cuidado com a alimentação das crianças é importante para evitar o ganho de peso excessivo e as suas consequências

  • Foto do(a) author(a) Portal Edicase
  • Portal Edicase

Publicado em 3 de junho de 2025 às 11:09

A alimentação infantil deve ser equilibrada e saudável (Imagem: chingyunsong | Shutterstock)
A alimentação infantil deve ser equilibrada e saudável Crédito: Imagem: chingyunsong | Shutterstock

Manter um peso adequado durante a primeira infância é essencial para reduzir a incidência de obesidade na vida adulta e suas consequências negativas. Além do excesso de peso, essa doença acarreta uma série de problemas metabólicos que podem colocar a vida em risco em qualquer fase da vida.

A prevenção da obesidade pode começar ainda durante a gestação, por meio de um pré-natal adequado . Isso se deve também à influência genética. A Dra. Ana Luisa Vilela, nutróloga especializada em obesidade, explica que nossa composição corporal é determinada em 60% a 80% pela hereditariedade e mais de 300 genes estão envolvidos na regulação do peso.

“Outros pontos que também influenciam são o aumento de peso da mãe e a diabetes gestacional, que levam a uma programação metabólica no bebê que faz com que ele tenha piores preferências alimentares, obesidade e síndrome metabólica na vida adulta”, alerta.

Aleitamento materno ajuda a prevenir a obesidade

A Dra. Ana Luisa Vilela explica que a amamentação previne o alto ganho de peso na infância e o risco de obesidade na fase pré-escolar. “Uma meta análise recente mostrou que as crianças amamentadas apresentam 22% menos risco de obesidade quando comparadas àquelas que receberam fórmulas especiais, principalmente após os três meses de vida”, destaca.

Segundo a especialista, isso ocorre porque muitas fórmulas prontas são ricas em calorias e proteínas. “Nos primeiros dois anos de vida, o excesso de proteína está associado a uma maior produção endógena de insulina e IGF-1, hormônios ligados à diferenciação das células de gordura e do seu acúmulo. Esse mecanismo é conhecido como ‘programming ‘ e representa fator crucial para o desenvolvimento da obesidade e suas consequências na vida adulta”, explica.

É recomendado que crianças evitem a ingestão de açúcar até os dois anos (Imagem: NaNahara Sung | Shutterstock)
É recomendado que crianças evitem a ingestão de açúcar até os dois anos Crédito: Imagem: NaNahara Sung | Shutterstock

Cuidados com a alimentação das crianças

A prevenção da obesidade também passa pelos atos da família. “Bebês amamentados têm melhor percepção de saciedade do que aqueles alimentados com fórmulas. Isso ocorre também porque muitos pais e cuidadores usam a mamadeira como forma de acalmar a criança, prejudicando o aprendizado correto da autorregulagem da fome “, afirma a Dra. Ana Luisa Vilela.

O primeiro paladar das crianças é adocicado, já que o leite materno também é classificado como mais docinho. Justamente por isso é que o açúcar precisa ser evitado até os dois anos, pois, além de ser considerado um alimento estimulante, é um grande gatilho para a compulsão e, consequentemente, a obesidade.

Oferecendo os alimentos

Segundo a médica, com o paladar ainda em formação, os pais precisam se conscientizar de que a criança precisa negar por pelo menos 7 vezes um alimento para então afirmarmos que ela não gosta daquilo. “A primeira recusa deve ser oferecida novamente, por mais 6 vezes e em até outro formato (cozido, cru, amassadinho, em purê, assado ou grelhado). No mais, quanto mais os pais buscarem voltar às origens e oferecer os alimentos na forma mais crua e in natura , é melhor”, destaca a Dra. Ana Luisa Vilela.

Incluindo as crianças no preparo da comida

Incluir os pequenos no preparo das refeições também ajuda a desenvolver um bom relacionamento com a comida. Famílias que fazem as refeições juntas regularmente têm menos chances de sofrer de sobrepeso e obesidade.

“O bebê aprende a se alimentar com os pais e vai ter bons hábitos se os mesmos o tiverem. Famílias que priorizam frutas, verduras, legumes e grãos integrais aos alimentos industrializados têm muito mais saúde e qualidade de vida. Isso se reflete não apenas no presente, mas principalmente no futuro de todos”, conclui.

Por Mayra Barreto