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Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2018 às 10:49
- Atualizado há 2 anos
A Justiça brasileira vai ter de colocar as calculadoras para funcionar na hora de dividir a herança do funkeiro Mr. Catra, morto na semana passada, aos 49 anos, devido a um câncer. É que o artista era pai de 32 filhos e filhas e mantinha relacionamentos com três mulheres ao mesmo tempo. Pela lei, somente a esposa de Catra, Sílvia Regina Alves, teria direito a uma parte dos bens, juntamente com os filhos do músico. As outras duas companheiras não entrariam na conta.>
Segundo o jornal Extra, citado em reportagem da Folha de São Paulo sobre a partilha dos bens de Mr. Catra, a herança do funkeiro não é tão grande como muita gente pode pensar. Basicamente, só os direitos autorais de suas músicas. As duas casas que abrigavam a imensa família, por exemplo, eram alugadas, já que Catra não tinha imóvel próprio. Além disso, ele teria desembolsado altas quantias com o tratamento de câncer. >
Entre os 32 filhos, há biológicos e de criação, cita a Folha. Mas, ainda segundo o jornal, Mr. Catra nunca admitiu que fossem feitas distinções entre os filhos. >
Um amigo do funkeiro ouvido pela Folha revelou que fez um trabalho com Mr. Catra, em 2000, que renderia ao artista R$ 7 mil em cachê, mas ele nunca emitiu nota fiscal para receber o montante.>
Sobre o reconhecimento do poliamor para fins sucessórios, a Justiça brasileira ainda não reconhece a prática, que é considerada tabu e ainda vista com preconceito no país. Ainda de acordo com a reportagem da Folha, nos últimos anos, ao ser confrontada com casos de herança envolvendo poliamor, os juízes do país tenderam a considerar apenas um companheiro (a).>
A família de Mr. Catra não comentou a questão da herança.>
*Com informações da Folha de São Paulo>