O novo som do Pará: DVD reúne bandas de tecnomelody e tenta emplacar o ritmo pelo país

Os DJs têm destaque no tecnomelody e comandam o som de uma estrutura conhecida como aparelhagem

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  • Da Redação

Publicado em 14 de março de 2011 às 06:20

- Atualizado há um ano

Salvatore Carrozzo | Redação CORREIO  De tempos em tempos, o Pará lança algum ritmo musical para o Brasil, como o carimbó e a lambada. A bola da vez atende pelo nome de tecnomelody. Mais que estourado no estado nortista, o som ganha agora um produto a altura do entusiasmo causado nas plateias de Belém. O DVD Tecnomelody Brasil, da Som Livre, reúne os maiores nomes do estilo paraense. Na lista de atrações, estrelas como Viviane Batidão e as banda Ravelly e Xeiro Verde.

DJs têm destaque e comandam o som de uma estrutura conhecida como aparelhagemO tecnomelody – ou tecnobrega – é uma colagem de ritmos que já circulavam e faziam sucesso no Pará com uma boa pitada eletrônica. Com forte caráter urbano, o gênero surgiu nas periferias de Belém, colocando o DJ sempre posição de destaque.

Instalado em um engenhoca tecnológica chamada aparelhagem, o DJ comanda a festa e o ânimo da plateia. Nos shows com bandas, como no caso do DVD,  eles dividem espaço com os músicos, mas não perdem a majestade. As apresentações apostam m pirotecnia e efeitos de luz. A batida eletrônica está sempre lá, embalando os dançarinos, que executam coreografias sensuais que ora lembram a lambada, ora danças de rua.Amor As letras do tecnomelody rendem um capítulo especial. Falam de amores plenos ou corações partidos. Mas há espaço também para comtiradas mais engraçadas. Maciota Light, por exemplo,  ensina como esnobar o parceiro. Já Só Por Uma Noite de Amor fala de mulheres liberais. A paternidade do tecnomelody é atribuída aos produtores Tonny Brasil e Luiz Nascimento, que tiveram a ideia de pegar músicas tidas como velhas e bregas e dar uma roupagem mais moderna. “É a verdadeira música popular”, acredita Luiz. Para o professor Paulo Murilo do Amaral, da Universidade do Estado do Pará (UEPA), é possível fazer qualquer som com a base do tecnomelody, do pagode ao funk. “Na verdade, acho que é mais um comportamento musical que um gênero”, diz o estudioso, que pesquisou o tecnobrega durante o doutorado.

Diva local, a vocalista Vanda Ravelly, da banda Ravelly, fala que o ritmo era mal visto no estado anos atrás. Hoje, é sucesso em bares e boates de Belém. “O melody está para o Pará assim como o funk está para o Rio de  Janeiro”, compara a artista.  Se vai virar moda no Brasil, só o tempo dirá.

Mike de Mosqueiro e Viviane Batidão ###YOUTUBE###Banda Ravelly###YOUTUBE###Banda Xeiro Verde###YOUTUBE###