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Fundada em 1815, Praça da Aclamação é restaurada em Salvador

Espaço recebeu novo paisagismo, poda de árvores, pintura de mureta, 48 luminárias em LED, 24 postes de fibra e infraestrutura elétrica completa

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  • Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2024 às 10:34

 Praça da Aclamação é entregue restaurada pela Prefeitura com monumentos recuperados
Praça da Aclamação é entregue restaurada pela Prefeitura com monumentos recuperados Crédito: Valter Pontes / Secom PMS

A histórica Praça da Aclamação, na Avenida Sete de Setembro, região do Campo Grande, foi entregue na quarta-feira (26) pelo prefeito Bruno Reis após ser totalmente restaurada pela prefeitura de Salvador. As obras transformaram a infraestrutura e a aparência do local, em frente ao Passeio Público e ao Palácio da Aclamação.

A requalificação contou com projeto da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) e execução da obra por parte da Secretaria de Manutenção da Cidade (Seman). Como destaque, o obelisco em granito português no centro da praça, criado em 1815 para registrar a chegada da família real portuguesa ao Brasil, foi totalmente restaurado, sendo o primeiro monumento em lápide da Bahia.

“Esse é mais um importante equipamento público que foi completamente restaurado pela nossa gestão. Aqui está a história da nossa gente, a história de Salvador. Eu acredito que todos os governantes têm que ter essa capacidade de preservar o patrimônio histórico da cidade e permitir que ele seja mantido para as gerações presentes e gerações futuras”, disse Bruno Reis no ato de entrega.

Segundo o prefeito, o próximo passo é levar eventos para ocupar a Praça da Aclamação: “A ideia é que a gente traga para cá feiras, faça aqui uma série de atividades e que as pessoas possam efetivamente utilizar o local. É esse o objetivo quando a gente recupera um espaço público: que o cidadão possa frequentar. A gente já está vendo aí moradores passeando com os pets. Aqui vai ter a presença da Guarda Civil Municipal para dar mais segurança”.

O investimento foi de cerca de R$2,1 milhões e as intervenções alcançaram uma área de 4.490 m². No local, foram colocados passeios em concreto usinado, piso de alta resistência, e piso em pedra portuguesa. Além disso, foram instalados um deck em madeira ecológica e nove bancos. O espaço também recebeu novo paisagismo, poda de árvores, pintura de mureta, 48 luminárias em LED, 24 postes de fibra e infraestrutura elétrica completa.

Como destacou Tânia Scofield, presidente da FMLF, trata-se de uma praça tombada como patrimônio histórico da cidade, inclusive toda a sua balaustrada, e por isso seu desenho foi totalmente preservado. “Creio que deixamos a Praça da Aclamação mais aberta. Ela sempre foi meio escondida, com pouquíssimo uso da população”, disse.

Já o titular da Seman, Lázaro Jezler, ressaltou que os serviços foram a etapa final da requalificação do entorno do Campo Grande, cujas obras começaram a ser entregues em abril deste ano. Antes, foram inauguradas a área em frente ao Teatro Castro Alves, a Rua Forte de São Pedro e o trecho da Avenida Sete de Setembro entre a Casa D’Italia e a entrada do Corredor da Vitória.

“Essa é uma praça histórica. Só que, com o passar dos anos, obviamente sofreu degradação. E agora a gente recupera ela sem mexer no seu aspecto histórico, como a balaustrada e o monumento, mas devolvendo ao cidadão esse espaço público que estava sem uso por conta da degradação. Com esse deck de madeira, teremos um pequeno espaço para pequenas apresentações artísticas, feiras, com a ideia de que a população possa usar”, completou Lázaro Jezler.

Segundo o historiador Rafael Dantas, o obelisco que fica no centro da Praça da Aclamação é de 1815, criado para registrar a chegada da família real portuguesa a Salvador anos antes, em 1808. Por isso, é também conhecido como o Obelisco de D. João VI. Ele foi originalmente colocado no Passeio Público, de frente para a Baía de Todos os Santos. Só em 1913 ele foi trasladado para a praça em frente ao Palácio da Aclamação.

“Inclusive os viajantes nos barcos que chegavam adentrando a baía em direção ao Porto de Salvador visualizavam esse obelisco porque ele tinha uma de suas faces voltada para as águas. Ficava mais ou menos naquela área onde hoje temos o Teatro Vila Velha. Então era um lugar arborizado, bonito, que recebia à época muitas famílias e visitantes de outros tantos lugares do mundo para conhecer o paisagismo daquela área”, disse Rafael Dantas.

Como conta o historiador, os obeliscos são monumentos que têm uma forte representação com a ideia de poder. Surgiram na Antiguidade, sobretudo no Egito Antigo, erguidos pelos faraós como referências ao sol, que na cultura daquela civilização era uma das principais divindades.