Racismo reverso existe? Entenda o que é e onde aprender sobre letramento racial

Iniciativas de educação antirracista debatem questões raciais e o papel das pessoas brancas

Publicado em 2 de dezembro de 2023 às 05:00

Midiã Noelle conduz iniciativa de comunicação que é baseada nos conceitos de inovação, raça e etnia Crédito: Divulgação

Quando precisou aprender a lidar com o cabelo cacheado da filha, a influenciadora e dançarina Lorena Improta compartilhou a situação em seu perfil no Instagram. O momento despertou-a para duas coisas: o preconceito que já atravessa a vivência da pequena Liz, uma criança negra, e a necessidade dela, como mãe e mulher branca, compreender como o racismo funciona.

No ano passado, Lorena começou sua busca pelo letramento racial, um processo de educação antirracista que aborda questões raciais e suas implicações na sociedade. Ao contrário do que muita gente pensa, é importante que todos entendam e falem sobre o racismo, incluindo pessoas brancas, para efetivamente desconstruir a discriminação baseada na cor da pele ou etnia.

Idealizadora da Escola Afro-brasileira Maria Felipa, a primeira escola afro-brasileira nas esferas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental no Brasil, Bárbara Carini explica que o letramento racial é uma variação do conceito pedagógico de letramento. Ou seja, é um processo de aquisição de repertório linguístico para o entendimento de certos códigos.

“Existem diversos tipos de letramento, inclusive o letramento racial, que tem uma correlação com essa tomada de consciência crítica, de análise social a partir dos códigos específicos da racialidade. É uma lente de análise em que a gente coloca uma lupa racializada para entender o mundo e como as relações sociais operam no Brasil a partir de marcadores hierárquicos de raça”, conceitua a educadora, que também é professora na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e influenciadora digital por meio do perfil Uma Intelectual Diferentona (@uma_intelectual_diferentona).

Instalada no bairro do Garcia, em Salvador, a Escola Afro-brasileira Maria Felipa deu seus primeiros passos ainda em 2017, com a busca de Bárbara para educar sua filha Iana a partir de outros marcos civilizatórios. O primeiro ano letivo ocorreu dois anos depois.

A proposta é uma escola que valorize a forte influência ameríndia e africana na formação sociocultural brasileira. É uma iniciativa de resgate da contribuição das culturas ancestrais de povos originários e negros, mas também aborda os conhecimentos clássicos europeus e é inclusiva para crianças brancas, negras ou qualquer etnia e cor de pele.

Nesse sentido, o letramento racial inclui conceitos decorrentes das teorias raciais para discutir o que é raça no sentido biológico e no sentido social. A ideia é refletir sobre temas como o racismo e suas variações, antirracismo, interseccionalidade com questões de classe, de gênero e outras ordens das opressões estruturais para a compreensão da realidade social.

Por meio do letramento racial, é possível identificar e combater diversos tipos de violência contra pessoas negras, incluindo o racismo estrutural e o institucional. De acordo com a comunicóloga e pesquisadora Luciane Reis, o conceito tem como objetivo a formação do pensamento crítico sobre as estruturas de poder e os sistemas de discriminação.

“O letramento racial é fundamental para desafiar e desconstruir preconceitos, estereótipos e práticas discriminatórias, promovendo assim uma sociedade mais justa e inclusiva. É uma ferramenta poderosa para enfrentar o racismo estrutural e criar mudanças significativas em diversas esferas da vida social, desde a educação até o mercado de trabalho e a política”, afirma Luciane, que é fundadora do centro de educação com viés racial MercAfro, localizado em Salvador.

Ela explica que esse tipo de letramento envolve quatro eixos principais: a conscientização das dinâmicas sociais, históricas e estruturais; a análise crítica de atitudes, narrativas e políticas que sustentam a discriminação racial; as habilidades de diálogo, para discutir e abordar questões raciais de forma respeitosa, empática e construtiva; e, por fim, ação e engajamento para promover a igualdade racial por meio de diferentes estratégias de abordagem.

As narrativas sobre a formação de uma nação brasileira apontam caminhos para compreender as raízes do preconceito racial. Muitas vezes, esses relatos de fatos históricos também precisam ser vistos sob outras perspectivas envolvendo a colonização, o tráfico de populações africanas e a sua escravidão no Brasil, como propõe letramento racial.

“As pessoas brancas quando chegavam no Brasil eram tidas como superiores às negras. As pessoas brancas pobres que vieram de outros países para ocupar o Brasil no processo de embranquecimento da população foram as verdadeiras primeiras cotistas do país. Elas chegaram aqui recebendo terra, direitos e acesso a bens”, ressalta Midiã Noelle, jornalista e diretora-geral da Commbne, uma iniciativa de comunicação baseada em inovação, raça e etnia.

A Commbne atua em quatro eixos principais: formação, informação, intercâmbio e produção, além de contribuir na realização de formações, cursos e palestras, assessoria em comunicação de projetos. “A Commbne é uma iniciativa negra que tem como foco conectar pessoas no campo da comunicação e da diáspora africana e colaborar em aprendizado, em trocar informações, em saber o que acontece nos países”, conta Midiã.

Para a educadora Aline Lisboa, educação antirracista passa por entender relações de poder entre brancos e pretos na história Crédito: Mille Rodrigues

Já a educadora empresarial em diversidade e ESG - sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa - Aline Lisbôa destaca que essa educação antirracista parte do princípio de entender como as relações de poder entre brancos e pretos se estabeleceram no país, que foi profundamente marcado por séculos de exploração do povo negro escravizado.

“Como se deram essas relações desiguais? A partir dos processos históricos da construção do Brasil, por isso que a gente diz que é racismo estrutural. O letramento é entender esse contexto para criticar e combater as desigualdades e o racismo. Para além de tudo, desconstruir as atitudes racistas que estão no dia a dia da nossa sociedade”, comenta Aline.

Mesmo com a abolição da escravatura em 1888, as pessoas negras recém-libertas não tiveram acesso a políticas públicas efetivas para garantirem direitos básicos como cidadãos. O resultado desse processo foi a marginalização, a falta de oportunidades e recursos e a discriminação estrutural que dificultou a vida de gerações da população negra brasileira.

“Quando a gente fala de racismo não é só da injúria racial, das agressões psicológicas, do que a gente vivencia no nosso dia a dia. São as desigualdades sociais absurdas do nosso país, onde as mazelas sociais são atribuídas em números muito maiores à população negra”, argumenta Aline.

O papel das pessoas brancas

Liz tem apenas dois anos e é fruto do relacionamento entre Lore Improta e o cantor Leo Santana. Juntos, os três constituem o que pode-se chamar de uma família interracial, ou seja, formada a partir da união de indentidades raciais diferentes. Por conta disso, entender as nuances do racismo no cotidiano torna-se fundamental, principalmente para a influenciadora.

“Sei que ainda estamos muito longe de um mundo onde não viveremos ou presenciaremos situações racistas, mas sei que com conhecimento e amor, podemos avançar um pouco mais a cada dia. É isso que tento fazer diariamente, lutar por um mundo onde meninas como a minha Liz possam andar, respirar e sonhar livremente”, escreveu Lorena em uma publicação recente onde aparece ao lado da filha.

Ela começou os estudos de letramento racial por meio do Instituto Da Cor ao Caso, um centro de letramento racial e diversidade que atua em organizações públicas e privadas, criado pela advogada maranhense Anita Machado, e passou a compartilhar seu aprendizado nas redes sociais, em que acumula mais de 15 milhões de seguidores somente no Instagram.

“O papel das pessoas brancas na luta [contra o racismo] é elas terem letramento racial para identificar o que é um ato racista e ‘pular na frente da bala’. As pessoas brancas acessam espaços de poder e de tomada de decisão onde as pessoas negras têm dificuldade para acessar”, afirma Thais Bernardes, jornalista e fundadora da Escola de Comunicação Antirracista.

Lançada em agosto pelo portal Notícia Preta, a iniciativa é uma plataforma online com cursos gratuitos para capacitar principalmente pessoas negras e periféricas em diferentes áreas da comunicação e mídia e já conta com mais de 1.500 inscritos. Os temas abordados na Escola pretendem instruir os alunos a aplicarem uma linguagem e um olhar antirracista e combatendo demais preconceitos enraizados, como a homofobia, o machismo e a transfobia.

A Escola de Comunicação Antirracista surgiu com a proposta de democratizar o acesso ao que é uma comunicação antirracista, principalmente em profissões como assessoria de imprensa, marketing digital, jornalismo, publicidade, entre outras ligadas às diversas mídias.

O objetivo é despertar um pensamento crítico para evitar a perpetuação de estereótipos racistas nos meios de comunicação e promover uma cultura não violenta. “A gente do Notícia Preta entende que o jornalismo é uma ferramenta de transformação social através da educação. Jornalismo é educação. Não tem como a gente transformar e tensionar as estruturas sem a educação. Nossa função é ensinar para combater”, acrescenta Thais.

Atualmente, cerca de 56% da população brasileira é negra, segundo dados divulgados em junho deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da divisão de Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores 2022 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.

A população negra é considerada como o conjunto das pessoas residentes que se declaram como pretas e pardas. Dentro desse grupo, o estudo revelou que os pardos são a maioria, com 45,3% do total da população, enquanto os pretos representam 10,6%.

A pesquisa apontou ainda que 42,8% dos brasileiros se declaram brancos. Esse fato mostra a complexidade das relações raciais no Brasil. Mesmo com a maioria da população negra, os mecanismos que perpetuam as práticas racistas continuam presentes na sociedade.

“Então, é um papel dessa pessoa branca antirracista e que se diz aliada abrir essas portas, levar pessoas negras para os locais onde elas não estão, onde estão subrepresentadas. E quando não tiver pessoas negras lá, que elas tenham letramento racial suficiente para defender as causas das pessoas negras”, lembra Thais.

A Bahia tem a maior população preta do Brasil, com cerca de 3,5 milhões de pessoas autodeclaradas. Ao todo, pretos e pardos representam quase 81% da população do estado. Porém, na prática, as pessoas de pele branca não devem ser vistas como minoria no país com base nesse sentido demográfico ou quantitativo.

Além dos dados revelarem uma população com grande diversidade racial e étnica, na qual os brancos são cerca de 4 entre 10 brasileiros, é preciso entender que as minorias sociais são grupos historicamente excluídos ou discriminados pelo sistema dominante.

“O processo de racismo estrutural é a forma sistemática que viabiliza as desigualdades sociais, discriminação racial e o preconceito. Quem mais morre é a população negra. As taxas de feminicídio são maiores para mulheres negras e outras questões. O letramento racial é a chave para combater todas essas desigualdades”, exemplifica a educadora Aline Lisbôa.

Embora a escravidão tenha ficado para trás, o legado de opressão e desigualdade continua ainda hoje. Foi nesse contexto que nasceu a luta antirracista no país, diante de mais de três séculos de trabalho forçado da mão de obra africana trazida pelos portugueses para o Brasil.

Nesse sentido, Midiã complementa que o racismo reverso não existe por conta dessas questões históricas. “O Brasil foi forjado na lógica de uma estrutura racista, então não há como existir racismo reverso. A sociedade foi construída com base na lógica da superioridade branca. O que podem existir são outras formas de violência, de crime e outros métodos de discriminação regional, territorial e de gênero, mas racismo reverso não”, acredita.

Mais recentemente, a conscientização sobre o racismo estrutural no Brasil tem levado a ações voltadas para o combate às desigualdades raciais em diversas esferas da sociedade, incluindo as políticas de cotas em universidades e ações afirmativas.

“O primeiro ponto sobre o racismo reverso é a gente entender o que é racismo e o que é preconceito. Preconceito, é quando você tem um pré-conceito, é um conceito anterior a algo ou alguém. Não é o preconceito que vai estimular o racismo. Mas pelo racismo aparecem diferentes tipos de preconceito”, afirma Thais Bernardes.

A fundadora do portal Notícia Preta reforça que as pessoas brancas são maioria em cargos de poder e de tomada de decisão, enquanto pesquisas mostram que as negras representam mais de 66% da população carcerária no Brasil.

“O racismo também é uma estrutura de poder, é um grupo dominante que exerce uma pressão sobre um grupo minorizado. Não tem como uma pessoa negra que está na base da pirâmide, ser racista reversa com uma pessoa branca. Isso não existe. Porém, isso não exclui o fato de que, sim, tem falas que ofendem, que podem magoar o outro, mas isso não é racismo”, explica a jornalista.

Atualmente, existem organizações sociais que ajudam no enfrentamento e proteção aos direitos do povo negro e na conscientização racial da população, como o Movimento Negro Unificado (MNU), a Marcha Zumbi dos Palmares e o Coletivo de Entidades Negras (CEN).

Esses movimentos lutam por igualdade racial, combate ao genocídio da juventude negra e pela valorização da cultura afro-brasileira, contribuindo, assim, para uma educação antirracista em um sentido mais amplo.

O Afro Fashion Day é um projeto do jornal Correio com patrocínio da Vult, Bracell e will Bank, apoio do Shopping Barra, Salvador Bahia Airport, Wilson Sons e Atacadão, apoio institucional do Sebrae e Prefeitura Municipal de Salvador e parceria do Clube Melissa.

Onde aprender?

Um bom jeito de aprender o letramento racial é por meio de cursos. O Correio* reuniu algumas ótimas opções para você dar início a sua educação antirracista.

Confira:

Curso Letramento Racial, da professora Luiza Mandela Silva Soares

Modalidade: online

Carga horária: 10h

Valor: 12 x de R$ 19,66 ou R$ 197,00 à vista

Mais informações: professoraluizamandela.com.br

Racismo, Mestiçagem e Antirracismo no Contexto Brasileiro - PUC-SP

Modalidade: curso de extensão presencial

Carga horária: 20h

Período: de 15 a 19/01/2024

Valor: matrícula de R$ 490,00 + 1 mensalidade de R$ 490,00 (Janeiro)

Local: Campus Monte Alegre - Educação Continuada, São Paulo

Mais informações: pucsp.br/pos-graduacao/especializacao-e-mba/racismo-mesticagem-e-antirracismo-no-contexto-brasileiro

Cultura antirracista - Descola

Modalidade: online

Valor: gratuito

Carga horária: 2h de vídeo aulas e 2h leitura de ebook

Mais informações: descola.org/cultura-antirracista

Escola Antirracista - Notícia Preta

Modalidade: online

Valor: gratuito

Diversos cursos

Mais informações: escolaantirracista.com.br

Escola Afro-brasileira Maria Felipa

Modalidade: Educação Infantil e Ensino Fundamental (presencial em Salvador)

Mais informações: escolamariafelipa.com.br

Para empresas:

Treinamento em Diversidade, Equidade e Inclusão - Diaspora.Black

Modalidade: online

10 módulos de vídeos curtos e duração total de 1h10

Mais informações: empresas.diaspora.black/diversidade-equidade-e-inclusao

Commbne - Comunicação, inovação, raça e etnia

Mais informações: commbne.org

Mercafro

Mais informações: mercafro.com.br

Instituto Da Cor ao Caso

Mais informações: dacoraocaso.com.br

Glossário antirracista

1. Racismo: Sistema de crenças, estruturas sociais e práticas que valorizam ou desvalorizam grupos raciais, resultando em discriminação, marginalização e desigualdades sistêmicas.

2. Racismo Estrutural: Forma de racismo enraizada em instituições e estruturas sociais que perpetuam desigualdades com base na raça, mesmo sem intenções individuais de discriminação.

3. Privilégio Branco: Benefícios e vantagens sociais, econômicas e políticas concedidas a pessoas brancas simplesmente por pertencerem ao grupo racial dominante.

4. Desigualdade Racial: Disparidades sistêmicas em oportunidades, acesso a recursos, educação, emprego e saúde entre diferentes grupos raciais.

5. Equidade Racial: Busca por justiça e igualdade de oportunidades para todos os grupos raciais, reconhecendo e combatendo as disparidades existentes.

6. Viés Racial: Preconceitos ou estereótipos implícitos que afetam as percepções e a tomada de decisões em relação às pessoas com base na raça.

7. Microagressões: Comentários, ações ou atitudes sutis e frequentemente não intencionais que denotam discriminação ou preconceito racial.

8. Apropriação Cultural: Adoção de elementos de uma cultura por outro grupo, muitas vezes sem reconhecimento ou respeito à origem e significado desses elementos.

9. Multiculturalismo: Reconhecimento e valorização da diversidade cultural e étnica na sociedade, promovendo a coexistência pacífica e a inclusão de todas as identidades.

10. Ação Afirmativa: Políticas e ações destinadas a corrigir desigualdades históricas, proporcionando oportunidades e benefícios específicos a grupos historicamente marginalizados.

11. Letramento Racial: Capacidade de compreender, analisar e discutir questões relacionadas à raça de maneira crítica e informada.

12. Interseccionalidade: Abordagem que reconhece as interseções entre diferentes formas de discriminação, como raça, gênero, classe social e orientação sexual, reconhecendo que as experiências individuais são moldadas por múltiplos fatores.

Fonte: Luciane Reis/ MercAfro.

10 passos para adotar uma comunicação e postura antirracista

1. Educação contínua: leia livros, artigos, assista a documentários e participe de discussões sobre racismo e suas ramificações sociais. Busque entender a história e as experiências das comunidades racializadas.

2. Escute ativamente: esteja aberto para ouvir as experiências, perspectivas e desafios das pessoas racializadas. Pratique a escuta ativa sem interromper ou invalidar as narrativas.

3. Reflita sobre seus próprios preconceitos, estereótipos e privilégios. Reconheça e desafie atitudes ou comportamentos racistas internalizados.

4. Evite silenciar ou minimizar experiências de racismo. Chame atenção para situações de discriminação ou injustiça racial, mesmo que isso seja desconfortável.

5. Seja um aliado ativo: Use seu privilégio para apoiar e amplificar as vozes das comunidades racializadas. Defenda a igualdade de oportunidades e trate todos com equidade.

6. Questionar e desafiar discursos racistas: Não aceite ou ignore comentários ou comportamentos racistas. Em vez disso, questione-os de maneira construtiva e educativa, se possível.

7. Participação em iniciativas antirracistas, movimentos ou organizações que trabalham ativamente contra o racismo.

8. Autoeducação sobre práticas inclusivas: aprenda a reconhecer e evitar práticas que possam ser discriminatórias, como linguagem carregada de estereótipos ou atitudes que reforcem desigualdades.

9. Crie espaços inclusivos ao liderar equipes ou interagir em grupos. Promova um ambiente que valorize a diversidade, seja sensível às diferenças e ofereça oportunidades equitativas para todos.

10. Aceite feedback e esteja disposto a aprender com os erros. O processo de desconstrução do racismo é contínuo e requer humildade para crescer e evoluir.

Fonte: Luciane Reis/ MercAfro.