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Fábio Duarte diz que mercado de criadores de conteúdo é uma das grandes apostas econômicas da próxima década

Empresário defende conteúdo como motor da economia criativa

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Foto do(a) author(a) Alan Pinheiro
  • Carol Neves

  • Alan Pinheiro

Publicado em 20 de agosto de 2025 às 12:24

Fábio Duarte falou no evento
Fábio Duarte falou no evento Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Durante sua participação no evento Agenda Bahia, nesta quarta-feira (20), Fábio Duarte, CEO da Community Creators Academy, fez uma análise contundente sobre o impacto da falta de estratégia digital no cenário musical baiano, especialmente no axé. Segundo ele, o ritmo perdeu relevância por não acompanhar a transformação digital impulsionada pelas redes sociais.  Promovido pelo CORREIO, o Agenda Bahia acontece no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) no Stiep, em Salvador. O tema dessa edição é “Bahia Produtiva 2030: Destravando o Futuro Agora”, discutindo produtividade, inovação e ambiente de negócios para um salto competitivo até 2030.

“O axé music foi o estilo musical que menos se digitalizou com o surgimento das redes sociais. Todos os estilos faziam videoclipes e criaram estratégia de conteúdo, só que o axé music era baseado em grandes eventos e grandes shows. Então ele vendia muito ticket, mas ele não vendia muito digital. Isso teve consequências”, afirmou.

Duarte relembrou conversas antigas com produtores e artistas locais, alertando sobre a necessidade de criação de plataformas próprias. “Eu conversava muito com o mercado da Bahia, dizendo: ‘Pessoal, antes de surgir o KondZilla, precisamos criar um KondZilla do Norte-Nordeste’. As pessoas não entendiam que isso ia revolucionar. Acabamos que não criamos e a gente começou a perder um pouco de espaço dentro do mercado do cenário musical”, explicou.

Fábio Duarte falou no evento por Arisson Marinho/CORREIO

O executivo também citou iniciativas como o projeto “Casa Salvador”, criado há cerca de dez anos em parceria com a prefeitura da capital baiana, com o objetivo de transformar Salvador no maior canal de YouTube de cidades do mundo. No entanto, segundo ele, a falta de continuidade impediu que a ideia prosperasse. “Se a gente tivesse há 10 anos criando uma estratégia como essa, isso afetaria o turismo, porque eles seriam uma das cidades mais conhecidas do mundo”, destacou. “É um trabalho que Dubai faz de uma maneira excelente. Então, o conteúdo pode mudar o turismo de uma cidade, de um estado, ele pode alavancar uma empresa, ele pode alavancar uma indústria, ele pode alavancar tudo, mas ele precisa começar agora.”

Duarte também fez uma análise do mercado de criadores de conteúdo e das mudanças no comportamento das redes sociais, que, segundo ele, deixaram de ser plataformas de relacionamento e passaram a ser essencialmente espaços de consumo. “A rede social morreu. Rede social é na época do Orkut, quando a gente tinha ali se relacionar com um amigo, com uma pessoa. Quem aqui tem TikTok? Levanta a mão. A maioria das pessoas que vocês seguem no TikTok são amigos ou são pessoas que vocês seguem? Pessoas que seguem, não é isso? Então você não tá ali pra simplesmente uma rede social. É uma rede comercial.”

Sobre o futuro, ele foi enfático ao afirmar que o mercado da "creator economy" é uma das grandes apostas econômicas da próxima década. “Estima-se que o mercado de creator economy vai movimentar meio trilhão de dólares até 2030. Eu acho que esse número está um pouco equivocado, eu acredito mais em seis trilhões de dólares, porque quando a gente coloca o trabalho de social commerce, live shopping dentro disso, isso aumenta muito mais rápido.”

Para ele, entender esse novo ecossistema de maneira profissional é fundamental. “Se você não entende isso de maneira profissional, seja um estado, seja uma empresa, seja uma pessoa, seja um profissional, você perde a oportunidade de alavancar o negócio. O live shopping, social commerce, essa é uma grande tendência. Todo mundo está ali para alavancar, todo mundo está ali para consumir algo.”

O Agenda Bahia é uma realização do jornal Correio com patrocínio da Acelen, Sebrae, Tronox e Unipar, apoio institucional da FIEB e da Prefeitura Municipal de Salvador, apoio do Salvador Bahia Airport e Veracel, e parceria da Braskem.