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Quais os caminhos para o desenvolvimento do potencial produtivo da Bahia? Veja o que dizem especialistas

Debate foi destaque do Eixo 1 da 16ª edição do Fórum Agenda Bahia

  • Foto do(a) author(a) Carolina Cerqueira
  • Carolina Cerqueira

Publicado em 20 de agosto de 2025 às 16:28

Painel Eixo 1 do Agenda Bahia 2025
Painel Eixo 1 do Agenda Bahia 2025 Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

É preciso pensar a cadeia produtiva como um todo. Esse é o pensamento que marca todas as falas do Eixo 1 do evento Agenda Bahia de 2025, que aconteceu nesta quarta-feira (20), em Salvador. É a partir desta preocupação que grandes lideranças querem ampliar o desenvolvimento industrial do estado, cujo potencial também foi consenso nas falas.

O mediador do primeiro painel do evento, Donaldson Gomes, que é jornalista e editor de economia do Correio, colocou que o estado tem recursos disponíveis e uma população que precisa da renda gerada pela atividade industrial. O diretor-presidente da Veracel Celulose, Caio Zanardo, completou que a excelência operacional está na veia da indústria baiana.

“Temos clima, temos terra, temos recursos. O setor está preparado para crescer”, disse Caio. O Superintendente Estadual do Banco do Nordeste (BNE), Pedro Lima Neto, afirmou que esse crescimento já está acontecendo e que a Bahia está em expansão. Ele apresentou que a projeção total de recursos do BNE para 2025 é de 47 bilhões de reais, 18% acima do alcançado em 2024.

“Quando chega outubro, já pensamos projetos de 2025 e 2026. O FNE [Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste] não está dando mais conta. Essa demanda excessiva do FNE mostra essa expansão do estado. Ele não está mais atendendo essa demanda, estamos buscando outros fundos, fundos europeus, para suprir”, colocou.

Como chegar lá?

A chave para o aproveitamento desse potencial baiano está, para os especialistas presentes no evento, na identificação e superação dos gargalos. Pedro Lima Neto, que foi o primeiro palestrante do evento de 2025, defendeu a importância do direcionamento de investimentos para empreendimentos de pequeno porte, afirmando que 60% dos investimentos do BNE estão nesses negócios, e no cuidado integral com os territórios ocupados pelas grandes empresas.

Para isso, é preciso compreender as especificidades de cada uma dessas localidades. “A Bahia é um estado amplo e diverso. Cada localidade tem suas potencialidades, atendendo diferentes setores. É preciso identificar o que cada uma dessas regiões entende como essencial para fazer os direcionamentos corretos”, disse.

Durante a fala, Pedro ainda incentivou a preocupação com toda a cadeia produtiva. “Não é possível pensar o futuro de um estado com esse tamanho de forma isolada”, disse, citando o apoio do BNE às cooperativas de reciclagem em uma ponta, o apoio às indústrias que processam materiais em outra ponta e ainda o apoio a empresas de transporte que estão no meio da cadeia.

O principal entrave para quem empreende na Bahia, apontado por Pedro, é a infraestrutura, principalmente, elétrica. “Tenho vários projetos de grande porte que mudariam a cara de algumas áreas do estado que estão sendo jogados para frente porque a demanda elétrica não consegue ser atendida”, colocou.

O Superintendente do Sebrae Bahia, Jorge Khoury, incluiu na lista a necessidade de adaptar projetos a nível estadual ao colocá-los em prática nas diferentes localidades do estado, além de contar com os apoios dos governos municipal, estadual e federal.

“O gestor de uma empresa precisa estar em um ambiente arrumado. Temos que ter leis, regras, regimentos, mas as burocracias devem ser colaboradoras e, não, empecilhos para a atividade das empresas e o desenvolvimento do estado”, disse. O diretor de finanças e planejamento estratégico da Braskem na América do Sul, Fábio Santos, emendou sobre o papel do Governo Federal no desenvolvimento do cenário industrial do país.

“A indústria química é a mãe de todas as indústrias, é dela que partem os insumos e a indústria química brasileira é a quarta maior do mundo em termos de porte. Hoje, essa indústria sofre o efeito da competição global intensa e, por vezes, com práticas desleais. Precisamos de programas de incentivo, políticas pensadas para planejamento e desenvolvimento porque essa indústria enfrenta uma fase de baixa. Precisamos que o Governo Federal, com ferramentas da Organização Mundial do Comércio, ajude a atravessar essa fase, protegendo nossas indústrias”, disse Fábio.

Por fim, o diretor-presidente da Veracel Celulose, Caio Zanardo, lembrou a importância dos cuidados com o meio ambiente. Ele destacou que, desde 1994, a empresa não promove desmatamentos e apenas cresce em áreas degradadas e que cada área ocupada corresponde à mesma área preservada. “Não é possível estabelecer empresas de sucesso em territórios fracassados”, disse.

Agenda Bahia

Durante o evento, o Jornal Correio recebeu o certificado de neutralização das emissões de carbono do Fórum Agenda Bahia 2025, confirmando o compromisso do evento do discurso à prática. A entrega foi feita pela representante da Battre, concessionária que opera o aterro sanitário de Salvador, Vivyane Rios. Quem recebeu foi a gerente comercial e de marketing do CORREIO, Luciana Gomes.

O Agenda Bahia esá na 16ª edição e tem como tema "Bahia Produtiva 2030: Destravando o Futuro Agora". Realizado pelo Jornal CORREIO, o evento debate futuro dos negócios e desenvolvimento sustentável na Bahia, reunindo lideranças empresariais, especialistas e representantes do setor público.

O Agenda Bahia é uma realização do jornal Correio com patrocínio da Acelen, Sebrae, Tronox e Unipar, apoio institucional da FIEB e da Prefeitura Municipal de Salvador, apoio do Salvador Bahia Airport e Veracel, e parceria da Braskem.