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Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2018 às 05:00
- Atualizado há um ano
As ruas em 2013, com seu grito rouco, disseram o que nenhum governante esperava ouvir: “Nós, o povo brasileiro, queremos serviços públicos de qualidade. Menos mentiras e mais ação”. As ruas não foram ouvidas. Em pouco menos de 60 dias, os tresloucados do governo petista de então apareceram com a milagrosa fórmula do Mais Médicos: “Iremos levar o médico aos rincões mais distantes desse país já que os médicos brasileiros, elitistas e desumanos, não querem ir para lá”. A mentira foi apoiada e incensada pela mídia pendurada nas verbas publicitárias governamentais. Somente as entidades médicas se levantaram para denunciar a fraude e esgrimir a verdadeira intenção da artimanha: desviar a atenção do povo do estado que trata a sua população indigentemente; iludir os mais pobres com a presença de “médicos” e, para arrematar, iniciaram a mais violenta e destrutiva campanha de difamação da classe médica do Brasil. Como se isto não fosse suficiente, alimentou-se uma proposta ideológica de narrativa mentirosa sobre o número e qualidade do serviço que dizia ser prestado e ainda sustentou-se com recursos do contribuinte brasileiro uma ditadura sanguinária e sem compromisso com a população carente. Prova disso? Nestes cinco anos do “programa”, R$ 7,1 bilhões foram repassados aos castristas que agora, de súbito, retiram todos os “médicos” indiferentes com a situação do caos no atendimento que alardeiam provocar. Onde fica a “solidariedade com os povos carentes” que tanto garganteiam? Em lugar nenhum, porque nunca tiveram esta solidariedade! Usam agora esta ruptura unilateral de modo a “ajudar” seus aliados ideológicos (leia-se PT) para, em criando dificuldades ao novo governo, lhes dar alguma chance de lucrar com eventual situação calamitosa. Não haverá caos! A presença dos cubanos em nada alterou a já combalida saúde pública brasileira. Além disso, há médicos brasileiros em número suficiente e interessados para ocupar este espaço com melhor qualidade e resultados. No entanto, queremos um sistema permanente que fique livre da sanha eleitoreira e aparelhadora dos prefeitos e partidos que usam a saúde como matéria de troca e de corrupção. Foram os prefeitos os primeiros a demitir os médicos brasileiros já existentes em seus municípios para substituí-los por pessoas ditas médicas e que rebaixaram a resolutividade do atendimento aos cidadãos pela saúde de quem deviam zelar. As entidades médicas defendem a carreira médica de estado para atenção básica de modo a tornar este atendimento adequado, resoluto e livre das injunções políticas. Se o novo presidente mantiver o compromisso de tornar isso realidade, afirmo, sem medo de errar, que o Brasil assistirá a uma verdadeira revolução no atendimento à saúde do nosso povo.
Otávio Marambaia é conselheiro do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb) e do Conselho Federal de Medicina (CFM)
Opiniões e conceitos expressos nos artigos são de responsabilidade exclusiva dos autores