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Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2020 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
Verão, sol, mar e...comida! Chegaram as tão esperadas férias, regadas a viagens e ocasiões especiais de celebração com amigos e familiares. Estes momentos acabam sendo guarnecidos por muita comida e bebida, o que faz com que muitos se esquivem destas reuniões em prol da manutenção do peso e até da sua saúde.>
Antes de qualquer decisão, deve-se ter em mente um julgamento que direcione as pessoas para escolhas que não sejam mais restritivas do que o necessário. Uma dica importante é descascar mais e desembalar menos. Priorize a comida de verdade!>
Durante as viagens, outro aspecto que deve ser considerado nas escolhas alimentares são as condições higiênico-sanitárias de preparo e conservação dos alimentos. Ninguém quer uma gastroenterite no meio de um momento de lazer, não é mesmo?>
Nem todos os países possuem uma legislação e fiscalização sanitária rigorosa como a do Brasil, por isso as pessoas podem se deparar com práticas inusitadas e perigosas na manipulação, exposição e conservação dos alimentos quando estiverem viajando. Esse cenário, associado a um determinado tempo de exposição do alimento e à elevada temperatura ambiente no verão, pode representar um ponto final na alegria planejada para o período. Neste momento, a razão deverá prevalecer e é necessário ser criterioso (a) na busca pela refeição.>
Diante disso, alguns irão escolher os fast foods, que costumam ser por muitas vezes selecionados por serem práticos, baratos e “seguros”. Entretanto, eles não são uma opção saudável do ponto de vista nutricional, além de não permitirem uma interação do indivíduo com o ritual e os costumes locais, interrompendo a construção de memória gustativa acerca das raízes étnicas e culturais do alimento.>
Antes de qualquer decisão é necessário que exista equilíbrio. Ao visitar cidades, países ou até a casa de seus parentes, permita-se ter essa experiência com parcimônia. Essa construção pode ser feita a partir de vivências com a comida de rua do local visitado, em restaurantes especializados em comida regional ou, até mesmo, naqueles que somente os moradores da região costumam frequentar. No fim das contas, chegar em casa e lembrar daquele sabor, da fruta exótica ou do cheirinho da comidinha da sua avó é o que realmente vale!>
Estas trazem em si ingredientes e formas de preparo peculiares daquele local ou daquela pessoa. Mantenha sua saúde, evite alimentos industrializados, açúcares, edulcorantes, sal e gordura trans. Hidrate-se e leve consigo uma bagagem cultural e de prazer à mesa. Depois, me conta qual foi o sabor das suas férias!>
Ana Paula é coordenadora do curso de nutrição da Unijorge e Mestre em Alimentos, Nutrição e Saúde>
Opiniões e conceitos expressos nos artigos são de responsabilidade dos autores>