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Donaldson Gomes
Publicado em 3 de julho de 2025 às 05:00
BYD não é Ford >
A BYD inaugurou na última terça-feira a primeira etapa do seu projeto na Bahia e a sensação que ficou para muita gente foi a de “só isso?”. Mas a culpa por este sentimento é tanto da empresa quanto do governo estado, que venderam aos baianos a ilusão de que a empresa chinesa chegaria para ocupar o lugar deixado pela saída da Ford. Aqui, um ato de justiça: a montadora norte-americana fechou a fábrica, mas mantém na Bahia um centro tecnológico que emprega quase mil profissionais. Voltando à BYD, é preciso reconhecer que os chineses, com alguns atrasos, estão cumprindo o plano de se instalar por aqui. Já investiram mais de R$ 1,5 bilhão, dos R$ 6,5 bilhões previstos, segundo Alexandre Baldy, vice da BYD no Brasil, e já empregam quase 900 trabalhadores. Ontem anunciaram planos de contratar imediatamente mais 3 mil. É muita coisa, porém quando a expectativa criada é de “um novo complexo Ford”, aí esqueçam, não vai dar para a BYD. >
SKD, CKD e só depois fabricação>
A inauguração, que coincidiu com o aumento nas alíquotas de importação de veículos elétricos e híbridos, foi de um espaço para produção em SKD, quando o veículo chega parcialmente montado em subconjuntos. Só mais adiante o trabalho será de CKD, aí as peças virão totalmente desmontadas e finalizadas em Camaçari. O prazo para fabricação nacional de 80% do veículo é em 2030. É muita coisa, desde que ninguém esteja esperando um complexo fabril com dezenas de sistemistas. E para isso, a empresa e o governo precisam parar de vender a ilusão de que a empresa é a nova Ford. Sendo bastante realista, a BYD na Bahia é a Jac Motors que deu certo.>
Espaço para crescer>
Mesmo ultrapassando os R$ 8,9 bilhões em investimentos acumulados na geração própria solar, a Bahia ainda tem bastante margem para crescer, avalia a Absolar, entidade que representa a indústria da energia fotovoltaica no país. Segundo a associação, apenas 392 mil dos mais de 6 milhões de consumidores de energia no estado utilizam a geração solar própria. Os gargalos vão desde questões regulatórias a limitações na infraestrutura de conexão. “Com um ambiente de negócios mais amigável, teremos um número muito maior de pessoas usufruindo dos benefícios da energia solar”, defende Marcos Rego, presidente da ABS, entidade que representa a indústria da energia solar na Bahia. >
Luxo na Costa do Cacau>
Lançado pela LN Urbanismo há pouco mais de um ano o Costa do Cacau Village, residencial que redefine o mercado imobiliário de alto padrão entre Ilhéus e Itacaré, chega a nova fase. A vila com apenas 16 casas de 381 metros quadrados (m²)foi lançada em maio e já teve três unidades vendidas. O residencial horizontal foi contruído com um investimento de R$ 30 milhões nas casas de alto padrão. Segundo Adrian Estrada, CEO da LN Urbanismo, o produto atende famílias que buscam uma segunda ou até terceira residência em um cenário paradisíaco. “Será muito difícil conseguir criar outro projeto como esse em um terreno nessa região”, diz, ressaltando as praias paradisíacas, quase desertas, nos arredores. >
Super Bahia>
A Super Bahia, maior feira do varejo de alimentos do Norte/Nordeste está de volta e chega à 14ª edição em 2025, de 6 a 8 de agosto, no Centro de Convenções de Salvador. A expectativa é de que a feira movimente R$ 650 milhões em negócios, o que deverá representar um crescimento de mais de 20% em relação ao ano passado. Organizada pela Associação Baiana de Supermercados (Abase), a Super Bahia reunirá 200 empresas nacionais e internacionais, superando os 180 expositores da edição anterior. “Nosso principal objetivo é fortalecer o ambiente de negócios no setor, promovendo conexões entre indústrias, fornecedores, supermercadistas, distribuidores, prestadores de serviço e empresas do varejo de autosserviço de todo o Norte e Nordeste”, afirma Amanda Vasconcelos, presidente da Abase.>