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Enem 2025: um guia com cinco dicas para escolher a profissão antes da prova

Especialistas orientam o que fazer antes de decidir a carreira

  • Foto do(a) author(a) Thais Borges
  • Thais Borges

Publicado em 4 de novembro de 2025 às 05:00

Estudantes farão Enem nos dias 9 e 16 de novembro
Estudantes farão Enem nos dias 9 e 16 de novembro Crédito: Paulo Pinto/Agência Brasil

Será que ainda vale fazer teste vocacional antes de definir a carreira? Na hora de escolher a profissão, há muito o que se levar em conta. Há quem defenda que é preciso um direcionamento quanto aos interesses - e que o teste pode ajudar nisso - e há quem acredite que é melhor apostar em abordagens mais amplas.

A cinco dias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cujas provas acontecem neste domingo (9) e no próximo dia 16, especialistas indicam que algumas estratégias podem ser aliadas nesse momento de transição.

Colégio Anglo de Lauro de Freitas por Tayse Argôlo

"A gente vive em um momento em que muitas profissões talvez não sejam da forma como nós vemos hoje. Temos que perceber que essa escolha não tem mais a mesma força que tinha no passado. Isso pode ser negociado ao longo do tempo na vida adulta", diz o professor Rodrigo Bueno, gestor de relacionamentos e formações do Grupo Ped.

O período realmente é de analisar os contextos. “Escolher é difícil. Quando você é jovem, é ainda mais difícil. Mas, para escolher de forma mais tranquila, você precisa trabalhar o seu autoconhecimento, trocar com pessoas importantes e experimentar coisas novas, porque isso abre os horizontes”, pondera a psicóloga do Pré-vestibular Bernoulli, Nathália Pastori.

A pedido do CORREIO, eles indicaram cinco pontos que podem ajudar a definir a profissão - e qual curso escolher quando as inscrições do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) começarem, com as notas do Enem.

Enem por Paulo Pinto/ABr

Fazer um inventário dos interesses e habilidades

O primeiro dos pontos é identificar - como um inventário mesmo - tanto os interesses quanto as habilidades que o estudante desenvolveu ao longo do ensino básico. “Pela teoria das múltiplas inteligências, a gente acaba desenvolvendo mais algumas áreas porque somos mais estimulados para algumas áreas e é óbvio que isso tem significado”, aponta Rodrigo Bueno, do Grupo Ped.

Quem gosta de ler e escrever, por exemplo, pode pensar em caminhos nessa área. Alunos que têm mais aptidão com o visual podem pensar em carreiras ligadas à produção audiovisual.

Conhecer mais das carreiras que estão sendo consideradas

Esse pode ser um ponto mais difícil, porque depende de evitar a idealização de uma profissão. O caminho para isso, segundo o professor, é a investigação. Isso pode ser feito com conversas com profissionais que já atuam nas áreas que estão sendo consideradas, inclusive com palestras nas escolas, e visitas às universidades mais próximas e proeminentes de cada região.

"Tem gente que diz: 'não sei se gosto de falar em público'. Mas você já tentou falar em público? É importante ter experiências diferentes. Várias faculdades fazem eventos de portas abertas, para experimentar o cotidiano da profissão. Converse com alguém que seja da área para entender como funciona o dia a dia de trabalho", indica Nathália Pastouri, do Bernoulli.

Delimitar as áreas favoritas

Mesmo quando um estudante gosta de muitas áreas e muitos temas, pode buscar aquela que gosta mais. Dentro das áreas, as universidades oferecem alternativas como os Bacharelados Interdisciplinares (BIs), já tradicionais em instituições como a Universidade Federal da Bahia.

"Acho que os BIs super funcionam para alunos indecisos, porque eles conseguem experienciar, dentro de uma área, várias áreas diferentes. Na saúde, por exemplo, consegue ver um pouquinho da Enfermagem, da Medicina, da Fisioterapia.. A pessoa vai transitar e, lá na frente, se achar que é válido, pode direcionar", orienta Nathália Pastori, do Bernoulli.

A preparação para o Enem vai depender da escolha

É preciso fazer um cálculo estratégico antes da prova. Se a carreira escolhida é considerada mais difícil de entrar - como Medicina, Direito ou Psicologia - o estudo deve ser até os últimos momentos.

"Tem que estudar, treinar e tentar entender quais são os meus pontos que posso melhorar", orienta o gestor do grupo Ped. Até mesmo as ferramentas de inteligência artificial podem ajudar nesse contexto, a exemplo de selecionar todas as provas do Enem dos últimos 10 anos e identificar qual é a área mais fraca. "As pessoas precisam ser honestas e estratégicas sobre o que precisam para ter mais chances”, acrescenta Rodrigo Bueno, o grupo Ped.

Entender que está tudo bem ficar nervoso

O nervosismo faz parte do processo. Para o professor Rodrigo Bueno, do grupo Ped, ao contrário de quem recomenda que os estudantes não fiquem nervosos porque 'é só uma prova', é necessário reconhecer que há motivos para ter ansiedade quanto a isso.

"É a prova que vai decidir a carreira da pessoa. Eu diria para todos ficarem nervosos, ansiosos, porque faz parte, pelo momento que estão vivendo. Não tem adoecimento ou desequilíbrio nisso. Se for o caso de nervosismo ou ansiedade que estão paralisando de alguma forma, aí sim, devem buscar ajuda".