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Thais Borges
Publicado em 28 de outubro de 2025 às 10:49
O diagnóstico de mieloma múltiplo, um tipo de câncer que afeta as células do sangue, veio em março deste ano. Oito meses depois, a secretária Regina Santos, 57 anos, se tornou a primeira paciente a receber um transplante de medula óssea no Hospital da Bahia. O novo centro de transplantes da unidade de saúde, administrada pela Rede Américas, foi inaugurado no mês passado. >
“Não foi um tratamento fácil, mas venci e estou muito feliz com o resultado. O cuidado e atenção de todos desde os médicos à equipe técnica foi muito importante. Eles me passaram tranquilidade e confiança. Eu gosto de acolher e fui muito bem acolhida em todo esse processo”, disse Regina.>
O procedimento foi do tipo autólogo - ou seja, quando é feita a infusão de células-tronco da própria paciente. Essas células são coletadas, processadas e reinseridas depois tratamento quimioterápico para restaurar a produção normal das células sanguíneas. A ‘pega’ da medula - quando ela passou de fato a funcionar e produzir células sanguíneas de forma autônoma - aconteceu dez dias depois da cirurgia. >
“Foi um momento muito especial”, conta Regina, que recebeu uma festa para celebrar a conquista. “Foi incrível ver a equipe entrando com bolo, balões e todo mundo com um sorriso lindo no rosto celebrando a minha vitória. Eu fiquei encantada com o atendimento verdadeiramente humanizado”.>
A unidade tem quatro leitos individuais exclusivos com filtragem e controle de pressão do ar, conta com médicos especializados em transplante, além de uma equipe multidisciplinar qualificada com especialidades como psicologia, nutrição, fisioterapia, enfermagem e odontologia, proporcionando um cuidado assistencial com foco na necessidade do paciente de forma humanizada e acolhedora. Os pacientes são assistidos de forma integral com acompanhamento durante todo o processo: antes, durante e depois do transplante. >
“Definitivamente, Salvador está no mapa dos transplantes na medicina privada. Esse novo centro amplia o acesso a um tratamento de alta complexidade no estado”, disse o coordenador do Centro de Transplante de Medula Óssea do Hospital da Bahia, Pedro Amoedo Fernades.>