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Três baianos estão entre os líderes do Comando Vermelho mortos em operação no Rio

Dentre os 109 mortos identificados, 78 já cometeram crimes graves e quase metade estavam foragidos

  • Foto do(a) author(a) Donaldson Gomes
  • Donaldson Gomes

Publicado em 1 de novembro de 2025 às 05:00

Parentes de suspeitos mortos em operação policial na Penha e no Alemão já identificaram 109 corpos encaminhados ao Instituto Médico Legal Crédito: Joédson Alves/Agência Brasil

As dezenas de corpos que foram espalhados na Praça São Lucas, na Penha, no Rio de Janeiro começaram a ganhar nomes e histórias nesta sexta-feira (31). As autoridades policiais divulgaram a identificação de 109 dos corpos encontrados após a ação – outros 18 ainda precisam ser identificos. Pelo menos 11 dos 117 mortos na operação policial promovida pela polícia do Rio de Janeiro nos complexos de favelas da Penha e do Alemão eram baianos. Três são apontados como líderes da facção criminosa carioca.

De acordo com a Polícia Civil fluminense, 78 dos identificados tinham histórico relacionados a crimes graves, como homicídio, tráfico de drogas e organização criminosa. Além disso, 42 deles estavam foragidos da Justiça e havia 39 suspeitos que eram de outros estados. Nenhum havia sido denunciado pelo Ministério Público do Rio na investigação que embasou a ação policial, e nenhum tinha mandado de prisão devido a esse processo, de acordo com reportagem do jornal O Globo.

Todos os corpos foram identificados por parentes no Instituto Médico-Legal e já estão prontos para serem liberados para enterros. Além disso, houve 113 presos, incluindo 33 de outros estados e 10 adolescentes. Desse total, 54 tinham anotações criminais. Todos tiveram a prisão preventiva decretada na audiência de custódia.

128 Mortos na Megaoperação do Policia do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho. Centenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro por Tomaz Silva /Agência Brasil

Três nomes apontados como responsáveis por chefiar a facção na Bahia foram apresentados: Diogo Garcez Santos Silva, conhecido como DG; Fábio Francisco Santana Sales, conhecido como FB; e Danilo Ferreira do Amor Divino, que era conhecido como "Dani" ou "Mazola" e era responsável por liderar o tráfico em Feira de Santana.

De acordo com informações do site Jus Brasil, Mazola teria 38 anos e era citado em 20 processos na Bahia e um no Rio. DG teria 31 anos e é citado em processos na Bahia e em São Paulo. Já FB teria 36 anos e aparece em sete processos na Bahia.

O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, acredita que o grande número de lideranças regionais do grupo que foram mortas se explica porque o local da operação teria se transformado no "quartel general" do Comando Vermelho.

“A investigação e as informações de inteligência mostram que lá nos complexos da Penha e do Alemão são onde são feitos treinamentos de tiros, para os marginais serem formados aqui e voltarem aos seus estados de origem para disseminar a cultura da facção”, afirmou o secretário.

Força-tarefa

Desde a última terça-feira (28), agentes do Instituto Médico-Legal (IML) do Centro do Rio realizaram uma força-tarefa para identificar os corpos.

A operação, que envolveu 2.500 agentes das polícias Civil e Militar, tinha como objetivo desarticular o Comando Vermelho e cumprir cerca de 100 mandados de prisão e 150 de busca e apreensão.

A ofensiva resultou em confrontos intensos, especialmente na Serra da Misericórdia, onde dezenas dos corpos foram encontrados por moradores e levados até a Praça São Lucas, no Complexo da Penha, para facilitar o reconhecimento.

Barricadas em chamas em reação à Operação Contenção por Reprodução

Principal alvo da operação, o traficante Edgar Alves de Andrade, o Doca, teria escapado do cerco policial. Ele é considerado o maior chefe do Comando Vermelho (CV) em liberdade — e na hierarquia geral está abaixo apenas de Marcinho VP e Fernandinho Beira-Mar, ambos presos em penitenciárias federais.

Segundo Victor Santos, secretário de Segurança Pública do Rio, o criminoso usou "soldados" do tráfico para fazer uma barreira e escapar da operação. O Disque Denúncia do Rio oferece R$ 100 mil para quem tiver informações sobre ele.

Segundo consta em sua ficha criminal, Doca nasceu em 1970 em Caiçara, mas não se sabe se o município é o do Rio Grande do Sul ou da Paraíba. Em 2007, ele foi preso em flagrante por porte de arma e tráfico de drogas, na Vila da Penha, Zona Norte do Rio.

Baianos mortos apontados como líderes do CV

DG

Diogo Garcez Santos Silva, conhecido como DG, também atuava em Feira de Santana. Ele tem passagens pela polícia por associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo, acessório ou munição.

FB

Fábio Francisco Santana Sales, conhecido como FB, tinha passagem pela polícia por ameaça. A queixa foi registrada na cidade de Alagoinhas, no interior da Bahia.

Mazola

Danilo Ferreira do Amor Divino nasceu em Feira de Santana e era conhecido como "Dani" ou "Mazola". Ele foi apontado pelo chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro como o chefe do tráfico de drogas na cidade baiana.