Cuca não suporta pressão e pede demissão do Corinthians

Ele comandou a equipe paulista por seis dias

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  • Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2023 às 09:21

- Atualizado há um ano

. Crédito: Rodrigo Coca / Agência Corinthians/Divulgação

Cuca não é mais o técnico do Corinthians. Durou seis dias a passagem do treinador, que não suportou a pressão de parte da imprensa e da torcida por causa da sombra do passado, condenado por estupro de uma menor na Suíça, em 1989. O anúncio foi feito 1h30 após a vitória sobre o Remo na Copa do Brasil, por 2x0, no tempo normal e 5x4 nos pênaltis. A família pediu para Cuca abandonar o cargo por causa da pressão. Tite e Vanderlei Luxemburgo são dois nomes apontados para assumirem o cargo. O próximo jogo do Corinthians é sábado (29), às 18h30 diante do Palmeiras, no Allianz Parque. Outro técnico a ficar pouco tempo no clube foi Júnior, em 2004, que saiu após dez dias no comando, com duas derrotas por 3x0 para São Caetano e São Paulo. Cuca fez um pronunciamento: "Foi um jogo demais. Pela primeira vez pude sentir o pulsar da Fiel, da Arena. Foi maravilhoso com a conquista desta vaga. Foi um dia vivido como um sonho, foi maravilhoso". O técnico então passou a falar da pressão que sofreu fora de campo. "Foi quase um massacre, um pesadelo. Eu estava muito concentrado para esta decisão com o Remo. Os jogadores me emocionaram, eles sentiram o que eu estava passando. Não quero ser vítima de nada, mas foi a pior coisa que se pode passar, quando invadem a rede social de suas filhas, de sua mulher, com ameaças, ofensas descabidas... Vou fazer 60 anos, você pesa o que vale a pena e o que não vale. Vale a pena minha família, a coisa mais importante para mim. Não esperava esta avalanche, coisas passadas há muito tempo, fui julgado e punido pela internet, mas não quero entrar em detalhes". Por fim, o treinador anunciou sua saída. "Não era o que queria, foi um pedido de minha família. Amanhã (quinta-feira) estarei em casa, vou cuidar de vocês", disse Cuca, que falou da contratação de advogados. "Quem julga pode ser julgado", afirmou. "Quero agradecer o presidente (Duílio Monteiro Alves), já havia tomado esta decisão ontem (terça-feira). Ele é um cara do bem, é como se fosse mais um, simples, humilde... Ele está sofrendo pressão enorme e não é justo deixar ele, os jogadores, a diretoria sob esta pressão. Agradecer os jogadores também que compraram minhas ideias... Se Deus quiser eu volto um dia para fazer um trabalho do começo ao fim".