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Conheça histórias de quem teve a vida transformada pelo trabalho da indústria na Bahia

Programas de educação, empreendedorismo e incentivo social mudam a realidade de milhares de pessoas no estado

  • Foto do(a) author(a) Murilo Gitel
  • Murilo Gitel

Publicado em 27 de outubro de 2025 às 14:00

Valcineide Ssantana coordena o Núcleo de Saboaria do Sivas da Cangula Crédito: Divulgação

Aos 30 anos, Wallison de Souza carrega no currículo uma trajetória inspiradora. Hoje gerente de Silvicultura na Bracell Bahia, ele iniciou sua carreira na empresa, que é líder global na produção de celulose solúvel, em 2014, aos 19 anos, como Jovem Aprendiz, seu primeiro emprego com carteira assinada. Antes dessa oportunidade, havia atuado em alguns trabalhos informais, como borracheiro e atendente de lan house.

Natural de Alagoinhas (BA), Wallison encontrou na Bracell um terreno fértil para crescer. Aproveitou o apoio de programas de incentivo à educação, promoção interna e mentoria oferecidos pela empresa para se desenvolver profissionalmente. “A companhia me ajudou a enxergar um mundo de oportunidades de crescimento, porque estar em uma empresa como a Bracell, com processos estruturados e pessoas dispostas a ensinar, fez uma grande diferença e me motivou a desenvolver minhas habilidades”, conta.

Tecon Salvador é fundamental para o Polo Industrial de Camaçari por Wilson Sons/Divulgação

Ele destaca como um dos momentos mais marcantes da trajetória — antes de assumir a gerência da Silvicultura — a promoção de assistente administrativo para técnico de operações, cargo que o ajudou a definir os rumos da carreira dentro da empresa. “Essa passagem foi muito importante, porque proporcionou a bagagem técnica necessária para os próximos passos rumo aos postos que passei a ocupar na gestão operacional”, enfatiza. Antes da gerência, Wallison atuou como coordenador.

Ao longo dos anos, Wallison tem se destacado por sua dedicação e paixão pelo trabalho. Sua ascensão na empresa é resultado de uma construção sólida, aproveitando cada oportunidade de aprendizado e buscando sempre promover o bem-estar do próximo. “Para ser um bom líder, primeiro preciso ser uma boa pessoa. E ter isso em mente me ajuda a ser, a cada dia, uma pessoa melhor na família e no trabalho”, afirma.

Além de exemplo de dedicação, o gerente de Silvicultura tornou-se uma inspiração para a comunidade, a família e os novos talentos que ingressam na companhia, alguns deles, inclusive, por meio do mesmo programa de Jovem Aprendiz.

Wallison ingressou como jovem aprendiz na Bracell Crédito: Divulgação

“Meu crescimento profissional mudou minha vida, porque mostrou que, com dedicação e as oportunidades certas, eu poderia ir muito além do que imaginava”, celebra.

Conhecimento ancestral

Desenvolvido na comunidade quilombola do Cangula, em Alagoinhas, o projeto Seivas do Cangula, antes conhecido como Farmácia Verde, vem mudando a realidade de diversas mulheres — em sua maioria, agricultoras familiares — e de suas famílias. Apoiada pelo Bracell Social, a iniciativa da Associação Comunitária dos Produtores Rurais do Cangula potencializa o saber ancestral sobre as plantas, a fitoterapia como fonte de cura e o respeito à diversidade cultural da região para a criação de produtos de base natural, como aromatizantes, velas e sabonetes artesanais, com propriedades medicinais e terapêuticas.

Uma das 19 mulheres impactadas pelo projeto é Valcineide Santana, coordenadora do Núcleo de Saboaria do Seivas do Cangula. Ela ingressou em 2017, quando a iniciativa nasceu, e teve a vida transformada desde então. “Tenho um verdadeiro amor por esse projeto, porque foi por meio dele que muitas portas se abriram para mim. Graças ao Seivas do Cangula, voltei a estudar, fiz um curso técnico, participei de importantes formações nas áreas de naturoterapia e massoterapia, além de diversas capacitações e eventos oferecidos pela Bracell. O projeto se tornou parte da minha vida”, afirma.

Valcineide destaca, ainda, que a participação no projeto a ajudou a superar muitos obstáculos pessoais, como o medo de falar em público e a dificuldade de se expressar. “Recentemente, ao conversar com uma pessoa, percebi o quanto evoluí e pude afirmar com orgulho: ‘Eu me superei’. Talvez eu não consiga dizer isso para muita gente, mas sei quem eu era e quem sou hoje”, pontua.

Em sua trajetória, Valcineide também pôde representar o projeto em importantes eventos, como a Expo Favela 2022 (tanto na versão baiana quanto na nacional), em São Paulo, levando o conhecimento ancestral do Cangula para todo o Brasil.

Mulheres empreendedoras

Somente no ano passado, cerca de 15 mil pessoas foram beneficiadas por projetos como o Empreendedoras Braskem, voltado para a capacitação de mulheres na gestão de negócios. Um bom exemplo é a Ane Rodrigues, que tinha uma mercearia, mas precisou fechá-la durante a pandemia e passou a produzir e vender batata chips e banana chips. Ela conta que, após participar do programa, conseguiu alavancar as vendas e teve a vida transformada.

“Eu era MEI e hoje já migramos para M.E. (Microempresa), tenho duas funcionárias contratadas, além de uma outra pessoa que presta serviço para mim nos períodos em que as demandas aumentam muito. Também tenho uma contadora que cuida do financeiro da Muka Chips”, conta.

Ane Rodrigues criou a Muka Chips Crédito: Divulgação

Desde então, Ane já realizou alguns sonhos, como tirar a carteira de habilitação e ingressar em um consórcio para adquirir uma moto. “Além disso, desde o ano passado, minha filha mais velha está estudando em escola particular e, no ano que vem, espero conseguir matricular meu filho caçula na particular também”, acrescenta Ane.

Ela destaca que o Empreendedoras Braskem foi fundamental para aprender a gestão de um negócio.

“Como precificar meu produto, fazer o marketing, chegar nos mercados. Antes eu ia de porta em porta vendendo meus produtos, enquanto hoje eu forneço as bananas chips para mercados, casas de produtos naturais, distribuindo em grande quantidade”, finaliza.

Ascenção

Dentro da Braskem, temos o caso da Aline Viana, coordenadora de saúde da Braskem no Nordeste. Ela chegou como estagiária em 2004, apenas dois anos depois da fundação da companhia, e passou por todos os degraus até chegar ao cargo atual.

“Passei dois anos como estagiária, continuei trabalhando na Braskem por mais dois anos como terceira e fui contratada em 2008, como engenheira de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA). Em 2012, quando estava de licença maternidade, fui promovida para coordenadora de SSMA e, em 2018, cheguei à coordenadora”, relata.

Com 21 anos de empresa, Aline conta que cresceu e amadureceu junto com a Braskem. “Constituí família e galguei novas oportunidades”. Ela credita à cultura da Braskem a possibilidade que os profissionais têm em vislumbrar uma carreira no futuro e se planejar para atingir os objetivos. “Aqui, você entende o que quer ser e se prepara para o que quer ser, seja pelo trabalho, aprendendo na prática, ou seja para o trabalho, fazendo cursos e se capacitando para chegar até a posição que deseja”, conclui.

O projeto Bahia Forte é uma realização do jornal Correio com patrocínio da Ferbasa e Unipar, apoio da Bracell, FIEB e Wilson Sons e parceria da Braskem.