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Donaldson Gomes
Publicado em 27 de outubro de 2025 às 10:00
Embora sete das dez maiores economias baianas ainda estejam concentradas na Região Metropolitana de Salvador e a menos de 100 quilômetros da capital baiana, a tendência é que este cenário se modifique nos próximos anos. O estudo Desconcentração Produtiva e Interiorização, produzido pelo economia Carlos Danilo Peres, do Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), mostra que o interior é a nova fronteira de desenvolvimento do estado. >
Ao longo de 20 anos, entre 2002 e 2021, a participação da RMS no PIB da Bahia caiu de 45,8% para 39,4, numa trajetória quase sempre constante de retração. No mesmo período, territórios de identidade como o da Bacia do Rio Grande, que engloba os municípios do Oeste, e o Portal do Sertão, onde está Feira de Santana, elevaram suas participações de 4,4% e 4,9% para 8,3% e 7%, respectivamente. >
Bahia Forte: empresas transformam
Seguindo esta tendência, desde 2016 o mercado de trabalho no interior superou o da RMS. Em 2024, quase 60% da força de trabalho estava nos municípios fora da região metropolitana. Carlos Danilo projeta que até 2030, entre 65% e 70% da força de trabalho dedicada à indústria estará concentrada no interior. Um movimento semelhante deve se repetir em relação ao PIB do estado, acredita. >
Atenta à esta tendência, a Fieb vem fortalecendo a sua estrutura em todo o estado. Com o objetivo de promover o atendimento integrado, de forma que as empresas industriais possam conhecer e ter acesso a todos os serviços e soluções oferecidos pelo Sistema Fieb, a entidade implementou o modelo de atuação articulada, com gerentes de relações institucionais nas regiões Central, Oeste, Sudoeste, Norte, Sul e Extremo-Sul. “Nossa atuação se guia por uma busca incessante por compreender onde estão as demandas do setor para atender a indústria com mais capacitação e suporte, melhorando a produtividade e os processos das empresas”, destaca o presidente da federação, Carlos Henrique Passos. Até 2029, serão investidos R$ 670 milhões em obras de construção, ampliação e requalificação de unidades no interior do estado. >
Entre os principais investimentos está a construção da Escola Sesi em Jequié, com investimento de R$ 41,8 milhões. A previsão é que a unidade seja inaugurada em 2026. Também para o próximo ano está prevista a entrega da obra de ampliação da unidade do Sesi em Feira de Santana, que passará por ampliação, na qual serão investidos R$ 40,7 milhões até o segundo semestre de 2026. Em Alagoinhas, a construção da nova Unidade Integrada Sesi Senai deve ter início ainda em 2025, com término previsto para 2027. O investimento total está estimado em R$ 122 milhões. Além disso, em Guanambi, serão investidos R$47,6 milhões na construção da Escola Sesi. >
A Fieb tem unidades em Jacobina, Juazeiro, Senhor do Bonfim, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Feira de Santana, Ipirá, Santo Antônio de Jesus, Serrinha, Alagoinhas, Camaçari, Candeias, Lauro de freitas, Simões Filho, Ilhéus, Valença, Eunápolis, Teixeira de Freitas, Vitória da Conquista, Jequié e Guanambi.>
O projeto Bahia Forte é uma realização do jornal Correio com patrocínio da Ferbasa e Unipar, apoio da Bracell, FIEB e Wilson Sons e parceria da Braskem.>