Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) foi divulgado nesta sexta-feira (28)
Da Redação
Publicado em 28 de janeiro de 2022 às 18:28
- Atualizado há um ano
A Bahia saiu da terceira para segunda posição no ranking de assassinatos de pessoas trans e travestis em 2021. O dado é do relatório da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), divulgado nesta sexta-feira (28). Treze ocorrências de morte violenta foram registradas no período.
Mesmo avançando para a segunda posição, o cenário é menos pior em relação ao ano anterior, já que uma redução de 32% também foi confirmada. O levantamento da Antra é feito de forma quantitativa, porque o Brasil não produz dados demográficos a respeito da população trans. Assim como nos anos de 2017 e 2018, a Bahia fica atrás apenas de São Paulo.
De acordo com o relatório, em todo o território nacional, pelo menos 140 vítimas destes grupos foram assassinadas. Do total, 135 eram travestis/mulheres trans, que correspondem a 96% dos casos. As outras cinco eram homens trans.
A maioria das pessoas trans vítimas de assassinato em 2021 tinha entre 18 e 29 anos: 53% delas, o que indica a morte prematura de jovens. Em 28% dos registros, as idades variavam entre 30 e 39 anos.
Trans com idades entre 40 e 49 anos representam 10% das mortas, já no caso das vítimas entre 50 e 59 anos o percentual é de 3%.
Além disso, a Antra contabilizou um caso de pessoa trans assinada em 2021 com mais de 60 anos.
Em relação à ração e etnia, 81% são pessoas pretas ou pardas, 18% brancas e 1% indígenas.