ACM Neto critica ausências de medidas do governo Jerônimo contra tarifaço: ‘Só tem conversa’

O vice-presidente da União Brasil ACM Neto comentou nesta quarta-feira (6) os impactos do tarifaço de Donald Trump aos produtos brasileiros, que devem afetar os produtores baianos. Neto criticou a falta de atitudes concretas do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) em relação ao tema. 

"O que a gente tem visto é conversa, discurso, o governador tentando 'pongar' em alguma coisa do governo federal, que ainda também não trouxe nenhuma palavra concreta para os produtores da Bahia. E penso eu que, independentemente do que fará o governo federal, é preciso haver uma linha específica do governo do estado", avaliou.

Neto lembrou da pandemia, quando vários setores econômicos foram prejudicados pela necessidade de lockdown. "Aqui como prefeito, nós abrimos apoio direto a diversos desses setores, independente dos recursos que vinham ou não do governo federal. E é o que nós esperamos que faça o governador Jerônimo, que até agora só teve conversa, discurso e tentativa de 'pongar' nas coisas do governo federal. Que eu repito, ainda não há clareza e nem concretude em nada direcionado para a Bahia", finalizou. 

Outros estados, como São Paulo e Goiás, já anunciaram ações de auxílio a empresas afetadas pelas tarifas de 50% dos EUA, que começou a valer hoje. Nesta segunda, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou, sem dar detalhes, que prepara um documento com sugestões de incentivos, a exemplo do acesso a crédito e desonerações fiscais, para apoiar os setores atingidos.

A nova política tarifária dos Estados Unidos impactou cerca de 90% dos produtos que a Bahia exporta para o país, segundo avaliações. Entre os itens mais afetados estão pneus, petroquímicos, derivados de cacau, produtos químicos, frutas, especialmente a manga, além de café, pescados, minerais e calçados.