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Ameaça de gripe aviária? Saiba de onde vem o frango consumido pelos baianos

Consumo é majoritariamente interno

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 20 de maio de 2025 às 06:00

Granja de frango
Granja de frango Crédito: Shutterstock

Desde que o primeiro caso de gripe aviária em granja comercial foi confirmado no Brasil pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a ameaça de contaminação fez com que as granjas de todo o país endurecessem as medidas de prevenção. Na Bahia, não foi diferente, embora o cuidado reforçado, que inclui proibição de visitas e banho obrigatório nas granjas, seja somente para garantir a saúde das aves. Isso porque, o frango consumido pelos baianos, além de não oferecer riscos, vem de áreas que não estão sob suspeita de contaminação.

Segundo a Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde, pasta vinculada à Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a Bahia não tem caso suspeito de gripe aviária sendo investigado, embora a Vigilância à Saúde mantenha monitoramento contante da doença. No caso de vir a surgir um foco da doença, os riscos são restritos ao contato com as aves, uma vez que o vírus não é transmissível pelo consumo do alimento.

De acordo com Kesley Jordana Santos, presidente da Associação Baiana de Avicultura (ABA), os frangos consumidos na Bahia, em geral, são produzidos no estado. “Tem alguns que vêm de outros estados, mas a maioria vem de granjas locais”, diz. Segundo a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), a maior parte dos frangos de fora vem de Minas Gerais e uma pequena parte do Paraná. 

Kesley Jordana acrescenta que o Rio Grande do Sul – onde o foco de gripe aviária foi identificado, mais especificamente na cidade de Montenegro – não está na lista de fornecedores do animal para os baianos. 

A Bahia produz cerca de 60% da proteína de frango que consome, revela a Seagri, citando dados da ABA.  " Os polos de produção de proteína de frango estão distribuídos entre o extremo-sul, oeste e recôncavo. O polo do recôncavo é o mais antigo, tendo a cidade de Conceição da Feira como grande expoente da atividade.  Já o Oeste da Bahia tem atraído empresas devido à grande disponibilidade de ração para alimentação animal, facilitando o desenvolvimento da cadeia produtiva e barateando os custos", informa a pasta.

Até 2023, onze municípios baianos eram responsáveis por produzir 53% de toda a produção do frango do estado, segundo a ABA. São eles: Cachoeira, Conceição da Feira, Conceição do Almeida, Cruz das Almas, Feira de Santana, Governador Mangabeira, Muritiba, Santo Antônio de Jesus, São Felipe, São Gonçalo dos Campos e Sapeaçu. A associação foi procurada para saber se esse cenário se mantém, mas não respondeu até o fechamento desta matéria.

Em Conceição da Feira, município conhecido como a capital do frango, a fonte principal de trabalho e de renda é a avicultura. É lá que estão algumas das principais granjas baianas, dentre elas a Gujão. O presidente da empresa, Carlos Augusto Pimenta, conta que as medidas sanitárias ficaram mais rigorosas por lá, mas a maior preocupação dele é com a economia do país.

“O Brasil exporta 40% do que o mundo consome de carne de frango. Então, essa suspensão das importações vai gerar um prejuízo financeiro muito grande para a atividade. Só no mês passado, o país exportou 470 mil toneladas de frango. Se esse produto fica dentro do mercado interno vai fazer com que os valores do produto sejam atingidos e fiquem muito baixos para todas as empresas de avicultura”, analisa ele.

A Bahia, no entanto, deve ser menos afetada, uma vez que não exporta frango para outros países. O consumo é totalmente interno, sendo que cerca de 30% da carne de frango que chega até os baianos vêm de outros estados. Por isso, os avicultores não temem uma possível redução do consumo local. “Talvez até cresça [o consumo], porque o ovo e frango devem ter quedas de preço”, diz Carlos Augusto Pimenta.