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Perla Ribeiro
Publicado em 4 de outubro de 2025 às 07:04
A presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputada Ivana Bastos, emitiu uma nota informando que a Casa aguardará a manifestação oficial da Justiça em relação à prisão do deputado estadual Binho Galinha (PRD), que ocorreu nessa sexta-feira (3). Ele estava foragido desde quarta-feira (1º), quando foi alvo da operação Estado Anômico, que investiga uma organização criminosa com atuação em Feira de Santana. "Dessa forma, no retorno do expediente na próxima segunda-feira (6), a Assembleia deliberará sobre as medidas legais a serem adotadas". >
O comunicado informa ainda que, a presidência, quando notificada da prisão, encaminhará à Procuradoria Jurídica da Casa, que emitirá parecer sobre as medidas internas cabíveis, em conformidade com a constituição, as leis, e o regimento interno da Casa Legislativa. "A Assembleia Legislativa da Bahia manterá sua atuação pautada pela transparência, imparcialidade e pelo respeito ao Estado Democrático de Direito", diz o comunicado.>
O deputado estadual Binho Galinha está preso em Salvador após se entregar ao Ministério Público da Bahia (MP-BA). A defesa do parlamentar nega que ele tenha cometido crimes e diz que Binho Galinha tem colaborado com as investigações. Binho Galinha se entregou ao MP-BA em Feira de Santana e foi conduzido pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) para Salvador, onde está preso. Além dele, a esposa, o filho e outras oito pessoas, incluindo quatro policiais militares, também foram presos. >
"O parlamentar reforça que tem colaborado com as autoridades desde o início das investigações e reafirma sua confiança na Justiça, destacando que todos os fatos serão devidamente esclarecidos ao longo do processo", diz a nota enviada pela defesa do deputado. Os advogados afirmam que a ordem de prisão contra o deputado foi proferida por autoridade judicial incompetente para julgar o caso. A defesa afirma ainda que o parlamentar não esteve foragido. "Todas as medidas judiciais cabíveis serão tomadas para restabelecer a legalidade e para que os responsáveis por todos os abusos e pelas ilegalidades cometidas sejam devidamente responsabilizados", afirma. >
Segundo investigações das operações 'El Patrón' e 'Estado Anômico', o grupo criminoso é responsável por delitos como lavagem de dinheiro, obstrução da justiça, jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada, comércio ilegal de armas, usurpação de função pública, embaraço a investigações e tráfico de drogas.>