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Marcela Vilar
Publicado em 2 de julho de 2021 às 14:55
- Atualizado há 2 anos
A Bahia registra nove casos da malária na região do Extremo Sul, segundo a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) - são sete casos no município de Itabela, um em Itamaraju e um em Porto Seguro. A doença é causada por meio da picada de fêmeas do mosquito Anopheles, que estão infectadas pelo protozoário Plasmodium. >
De acordo com a Sesab, os casos tiveram diagnóstico positivo por teste rápido e as amostras foram encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) para uma nova análise. >
A secretaria também informou que técnicos da vigilância epidemiológica do estado foram até às cidades para mais informações. “Foram enviados técnicos a fim de fazer pesquisa do vetor e ofertar treinamento sobre o manejo clínico dos pacientes, além de reconhecimento geográfico e delimitação da área de risco”, esclarece, por meio de nota. >
Cinco dos sete diagnosticados com malária em Itabela já concluíram o tratamento, segundo a secretária de saúde da cidade, Wadla Casiano. “Os casos foram registrados na localidade de Margarida Alvez, que é uma zona próxima à mata. As pessoas do assentamento desmataram e se estabeleceram ali. Foram os primeiros casos confirmados no município e cinco deles concluíram o tratamento em casa, mas ainda estão em observação”, declara Wádla. >
A secretária contou que todos tiveram sintomas leves, como dores articulares e calafrios, mas nada grave. Além disso, foram casos isolados. “Não é nada que vai tomar uma proporção local, porque nossas equipes e as equipes da Sesab já estão trabalhando e os casos estão isolados. O trabalho é voltado para o preventivo, para que não haja mais contaminações”, esclarece. >
A secretaria de saúde de Porto Seguro, após a publicação da matéria, informou que não tem casos de malária no município, informação que tinha sido passada pela Sesab. "O paciente está internado aqui, porém, reside em Itabela", afirmou a secretaria de Porto Seguro.>
A Sesab ainda disse que tem realizado a busca ativa de casos suspeitos e tratamento supervisionado. A investigação da vigilância epidemiológica tentará identificar o primeiro caso da doença, que disseminou para outras pessoas, e se houve associação da chegada da doença com deslocamento e viagem. >
“Dentro das medidas adotadas foram encaminhados do nível central mosquiteiro impregnado com inseticida de longa duração (MILD) totalizando 120 mosquiteiros de casal e 200 mosquiteiros de solteiro”, acrescenta a Sesab. >
Os últimos casos registrados de malária na Bahia foram em 2018, com 77 casos confirmados residentes do município de Wenceslau Guimarães, no Sul da Bahia, pelo exame gota espessa. >
Em 2012, Itabela também tinha registrado cinco casos suspeitos da doença, em menos de um mês. >
*Sob orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro >