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Roberto Midlej
Publicado em 6 de fevereiro de 2022 às 20:18
- Atualizado há 2 anos
A primeira edição da feira náutica Barco Show, em Salvador, foi encerrada neste domingo e o balanço de Hugo Leonardo, organizador do evento, foi positivo: segundo o produtor, até o terceiro dia da feira (sábado, 5) o movimento já havia sido de R$ 8 milhões e a tendência era que no domingo, última dia, superasse os R$ 10 milhões, expectativa inicial da organização. >
Hugo revelou ainda otimismo em relação ao mercado náutico brasileiro, que, segundo ele, cresceu 20% em 2020. "Esse crescimento se manteve em 2021 e não será diferente em 2022. As principais empresas do ramo informam crescimento de pelo menos 40%", revelou o empresário, que garantiu a realização da Barco Show no ano que vem.>
O petroquímico Antônio César Nascimento visitou a feira e se animou para comprar um jet ski. "Estou ingressando [no esporte náutico]. Nunca tive lancha nem jet ski, mas uso o de amigos ou costumo alugar. Sou um motociclista frustrado, então o jet ski seria uma forma de me realizar", disse Nascimento, que acrescentou ainda a importância da segurança do jet ski em relação à motocicleta.>
O expositor Ariel Dias, dono da Cia. Lake, uma concessionária da fabricante NX Boats, veio de Brasília para expor em um estande. Para ele, o mercado de Salvador ainda não explorou o potencial que tem, por isso a cidade ainda está abaixo de outros capitais no mercado náutico. Mas ele saiu otimista da feira: "Vendemos R$ 2,3 milhões nestes quatro dias, o que é uma boa marca para um evento que acontece pela primeira vez", revelou o empresário.>
Para Ariel, a baixa renda média dos baianos prejudica o mercado náutico, mas ele ressalta uma vantagem do estado: "A Baía de Todos os Santos é a maior baía navegável do mundo. É a segunda maior baía do mundo, mas é mais navegável que a primeira porque tem menos obstáculos a embarcações, como pedras", revelou. Ariel trouxe para Salvador quatro barcos para expor, cujos valores variavam de R$ 700 mil a R$ 2 milhões. >
Patricia Peixoto também alugou um estande. A proprietária da Nova Náutica trabalha com a gestão compartilhada de jet skis. Nesse sistema, cinco pessoas dividem a compra de uma embarcação e fazem uso compartilhado dela. No caso do modelo que estava exposto, cada um dos cinco usuários deve pagar R$ 32 mil. "Assim, as cinco pessoas fazem uso compartilhado do jet ski e se revezam. Elas podem agendar o uso por aplicativo e, caso a data de interesse se choque, fazemos um sorteio.>