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Casos do Tribunal de Júri baiano que estão parados há 5 anos vão a julgamento

Iniciativa do CNJ faz parte do Mês Nacional do Tribunal do Júri, que acontece em novembro

  • Foto do(a) author(a) Monique Lobo
  • Monique Lobo

Publicado em 28 de agosto de 2025 às 17:31

Juiz
Casos de feminicídios, infanticídios e crimes envolvendo policiais terão prioridade Crédito: Reprodução

Casos do Tribunal de Júri na Bahia que estão há mais de cinco anos sem julgamento vão sair da lista de espera. A iniciativa faz parte do Mês Nacional do Tribunal do Júri, que acontece em novembro e busca chamar atenção do país para a necessidade de maior celeridade dos processos criminais.

“O objetivo é identificarmos as dificuldades que travam o andamento desses processos e com isso tornarmos mais céleres o trabalho dos tribunais do júri, não apenas para o mês de novembro, mas de forma contínua, a partir do aprendizado que vamos ter com essa ação”, explica o desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia, José Rotondano, presidente da Comissão Permanente de Justiça Criminal, Infracional e de Segurança Pública do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Os casos de feminicídios, infanticídios e crimes envolvendo policiais terão prioridade. Juntos somam um total, em todo o país, de 90 mil casos. De acordo com dados do CNJ, cerca de 210 mil processos aguardam julgamento nos tribunais do júri dos estados. Apenas entre janeiro e agosto deste ano, foram julgados 43.406 casos. A ação é de âmbito nacional, sendo que a Bahia, Pernambuco e Amapá vão concentrar as ações para permitir aos órgãos superiores do Poder Judiciário um cenário definido de avaliação sobre as medidas implementadas.

“A necessidade de acelerar a condução dos processos nos Tribunais de Júri é, inclusive, uma preocupação do Supremo Tribunal Federal, manifestada pelo ministro Edson Fachin, que nos solicitou um projeto no CNJ, voltado para essa finalidade", acrescenta o desembargador.

Na Bahia, o Projeto BA+Júri tem obtido resultados positivos: de janeiro a agosto foram realizadas 1.050 sessões de júri. A meta é alcançar 1,5 mil até o fim do ano. A desembargadora Maria de Lourdes Medauar, idealizadora do projeto, considera que a experiência baiana pode contribuir de forma decisiva no âmbito nacional. “Julgar com rapidez é essencial para garantir a confiança da população. Com o tempo, provas se perdem e a Justiça pode falhar em sua missão”, afirma.

O desembargador José Rotondano avalia que a agilização dos processos depende de um esforço conjunto de todos os segmentos relacionados com as áreas judiciária e de segurança pública. “A Justiça tem que ocorrer no tempo necessário para que a sensação de impunidade não se estabeleça. Essa missão é tarefa prioritária, mas não exclusivamente do Judiciário. É preciso um trabalho do conjunto da sociedade, uma conscientização de que essa questão é essencial para a harmonia e paz social", finaliza.