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Cimatec inaugura unidade para monitorar reservatórios de petróleo com tecnologia inédita

Estrutura construída em parceria com a Shell Brasil, Petrobras e Sonardyne recebeu investimentos de R$ 72 milhões

  • Foto do(a) author(a) Donaldson Gomes
  • Donaldson Gomes

Publicado em 6 de dezembro de 2024 às 15:54

Centro de pesquisas contou com a parceria da Shell Brasil, Petrobras e Sonardyne Crédito: Divulgação

O Senai Cimatec, em parceria com Shell Brasil, Petrobras e Sonardyne, inaugurou a primeira planta de produção de nós sísmicos submarinos OD OBN (On-demand Ocean Bottom Nodes) do mundo, nesta sexta-feira (dia 6). Este é um equipamento voltado para o gerenciamento de reservatórios de petróleo, especialmente no pré-sal brasileiro – um sistema inovador para aquisição sísmica 4D de alta resolução. A planta recebeu um total de R$ 72 milhões investidos pela Petrobras e Shell Brasil, por meio da cláusula de PD&I da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O objetivo é mapear o deslocamento dos fluidos nos reservatórios, realizando a sísmica 4D, de forma mais eficiente e econômica. O projeto já executou testes de performance e funcionalidade, inclusive em águas profundas. A etapa atual vai produzir um sistema-piloto com 600 nós para testes em escala real em um campo petrolífero do pré-sal. Os nós serão fabricados no Cimatec Park, com investimentos em infraestrutura de galpões e máquinas, viabilizando a produção nacional e a integração de diferentes empresas e instituições.

“A inauguração desta planta é uma etapa muito aguardada. O OD OBN é um sistema inovador que utiliza nós de fundo oceânico sob demanda, que registram dados sísmicos e se comunicam diretamente com o FlatFish – o primeiro veículo autônomo submarino brasileiro também fruto de um investimento da Shell Brasil. A Shell é a empresa privada que mais investe em pesquisa e inovação no país, cerca de R$ 500 milhões por ano, sendo 30% em projetos de novas fontes de energia de baixo carbono e 70% destinados a projetos voltados para ao aumento da eficiência operacional e descarbonização da indústria de Óleo e Gás. Uma característica de nosso portfólio de projetos de P&D é de integrar desde o início um plano de implementação, que permite acelerar a entrega de valor e o avanço na Transição Energética”, avalia Olivier Wambersie, gerente geral de Tecnologia da Shell Brasil.

O complexo inclui uma linha de montagem de placas eletrônicas, linha de usinagem, metrologia, anodização, montagem e testes dos nós, além de um tanque de testes de comunicação acústica e ótica. “Pela primeira vez, estamos desenvolvendo, no Brasil, a tecnologia que nos permitirá o monitoramento sísmico dos campos do Pré-Sal. Isso mostra que o desenvolvimento e investimento em ciências e tecnologia, por meio de parcerias entre empresas e instituições de pesquisa brasileiras, podem gerar desenvolvimento industrial no país”, explicou a gerente executiva do Cenpes da Petrobras, Lílian Barreto. “É um produto comercial de maior grau tecnológico, melhorando nossa eficiência operacional offshore, refletindo menor risco para nossos empregados e descarbonizando nossas operações”, reforçou a gerente executiva.

O lançamento da planta OD OBN, um marco para o avanço tecnológico na área de monitoramento sísmico, ocorreu no SENAI CIMATEC Park, em Camaçari, com a presença de executivos das empresas parceiras e demais convidados. O complexo inclui uma linha de montagem de placas eletrônicas, linha de usinagem, metrologia, anodização, montagem e testes dos nós, além de um tanque de testes de comunicação acústica e ótica.

Tecnologia

Os nós OD OBN são sensores que captam ondas sísmicas refletidas nos reservatórios de petróleo. Essas informações são processadas em supercomputadores, permitindo o ajuste das taxas de extração e reinjeção de água e gás para estimular a produção dos poços. O diferencial da tecnologia desenvolvida pelo Senai Cimatec, em parceria com a Sonardyne, é que os equipamentos poderão operar por até cinco anos no fundo do mar, a uma profundidade de até três mil metros, sendo ativados e desativados remotamente. A extração de dados é feita por lasers com o auxílio de Veículos Autônomos Subaquáticos, como o FlatFish.

O programa OD OBN foi majoritariamente financiado pela cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e contou também com o financiamento da EMBRAPII.

Teste em escala real

Inicialmente, a planta produzirá 600 unidades para um teste-piloto em escala real no pré-sal, com início previsto para 2025. Posteriormente, a planta será empregada na fabricação em escala comercial dos nós sísmicos. “Muitos dos equipamentos disponíveis na planta são exclusivos na América Latina, reforçando o papel do Senai Cimatec como pioneiro em inovação e tecnologia para o setor de óleo e gás. Esta planta traz muitas oportunidades para a Bahia e para o Brasil, tendo em vista que esses equipamentos de ponta disponibilizados irão alavancar o desenvolvimento de muitas outras indústrias, além da cadeia de petróleo e gás.”, destaca Carlos Henrique Passos, presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb).